Retomamos o fio à meada com uma recapitulação do que se passou desde a
tomada da Babilónia pelos persas até ao tempo de Ester:
Ano 3465
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Tomada da Babilónia mês VII. Fim dos 70 anos para Babilónia Jr 25:6-11; 2Cr 36:22. Entrada triunfal
de Ciro mês VIII (= Dário o medo recebe o reino Dn 5:31). Gubaru morre. Ciro
constitui sátrapas e 3 presidentes incl. Daniel (Dn 6:1-3). Petição e
conspiração contra Daniel. Cova dos leões. Luta oficial por Cassandane,
mulher de Ciro mês XII
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70º
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ano do cativeiro.
= Ciro ano 1 como Rei de Nações. Cambises instalado
como rei de Babilónia mês I. Ciro instalado como rei dos medos por Ciaxeres
II. Daniel ora e recebe profecia (Dn 9). Cambises removido mês IX/X e Ciro
indigitado rei da Babilónia além de Rei de Nações. Gabriel confirma Dario o
medo (Dn 11:1). Decreto de Ciro.
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1
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Primeiro ano do regresso dos judeus
a Jerusalém e início das primeiras 7 semanas (49 anos) da profecia de Daniel
9 em que “as praças e circunvalações se reedificarão, mas em tempos
angustiosos”.
Os judeus regressam a Jerusalém, na
primavera, sob a direção de Zorobabel (governador) e Jesua. Fazem parte do
grupo: Neemias (como “tirshata”), Esdras, Mordecai. Edificação do altar.
Leitura da lei e festa dos tabernáculos mês VII (Ed 3:1-7, Ne 8,9). Aliança é
selada (Ne 10).
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2
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Ciro ano 3. Segundo ano da vinda a
Jerusalém. Visão Daniel 10. Começo da obra do templo mês II. Começo da
oposição. Cessa a obra até ao 2º ano de Dario.
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3
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Neste tempo em que as obras do templo
pararam, Esdras e Neemias, que vieram com Zorobabel e Jesua devem ter
regressado a Babilónia. Neemias porque era um oficial ao serviço do rei (Ne
1:11). Esdras era escriba e sacerdote.
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2º ano de Dario. Ageu e Zacarias começam
a profetizar mês VI. Fundou-se o templo mês IX (Ag 2:10,18; Zc 8)). Mês XI
visão de Zacarias 1 do homem no cavalo vermelho entre as murteiras. Zc 1:12 -
até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as
quais estás indignado faz já 70 anos? (refere ao início do cerco no 9º ano
de Zedequias, ano 3415)
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3º ano de Dario/Assuero. Dario dá um
banquete. Rainha Vasti é deposta (Es 1)
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Zc 7:1-5 - 4º ano de Dario, 4º dia, mês IX -
perguntaram aos sacerdotes e aos profetas: Continuaremos nós a chorar, com
jejum, no 5º mês, como temos feito por tantos anos? … Quando jejuastes
e pranteastes no 5º e no 7º mês durante estes 70 anos … (refere-se à queda
de Jerusalém no 11º ano de Zedequias)
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5º ano de Dario
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6º ano de Dario. Na cidadela de Susã,
Ester é colocada sob os cuidados de Hegai, guarda das mulheres (Es 2:1-14). O
templo é terminado no mês XII (Adar), dia 3.
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7º ano de Dario. Dedicação do templo no
início do ano. Celebração da Páscoa (Ed 6:19-22). Esdras sobe a Jerusalém
(chega no mês V), levando prata e ouro para ornar o templo (Ed 7-8). Esdras
toma conhecimento da transgressão do povo (Ed 9-10).
Ester é levada ao rei, no 10º mês (Es
2:16) e casa com Dario. O banquete de Ester (Es 2:15-18)
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8º
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11º ano de Dario. Hamã é engrandecido.
Mordecai recusa inclinar-se perante ele e provoca a ira de Hamã.
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Hamã lança sortes, do início ao fim do
ano, para definir o dia para destruir os judeus (Es 3:7)
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Foram enviadas as cartas autorizando a
matança dos judeus no dia 13 do 12º mês. Ester e Mordecai conseguem reverter
a situação a favor dos judeus. Cumprimento da “batalha de Gogue e Magogue” no
dia 13 do 12º mês. Vitória dos judeus e instituição da festa do Purim.
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Depois disto (quando?) Assuero impôs
tributo sobre a terra (Es 10:1)
Mordecai torna-se o segundo depois do
rei Assuero/Dario (Es 10:3)
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20º ano de Dario.
No
mês de quisleu (IX), no ano 20º, estando eu na cidadela de Susã, veio Hanani,
um de meus irmãos, com alguns de Judá; então lhes perguntei pelos judeus que
escaparam, e que não foram levados para o exílio e acerca de Jerusalém.
Disseram-me: os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá
na província, estão em grande miséria e desprezo: os muros de Jerusalém estão
derribados, e as suas portas queimadas a fogo. (Ne 1:1-3)
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Pensa-se que a inscrição de Behistun, no Irão, escrita em três línguas
de escrita cuneiforme, terá sido escrita por Dario no 5º ano do seu reino. A
inscrição relata como Dario derrubou todos os nove pretendentes ao trono, bem
como outros feitos e conquistas de Dario nos primeiros anos do seu reinado. Ao
dominar sobre um grande império, tornou-se “arta-xerxes” (grande xá) do Império
Persa. Isto explica a mudança de nome de Dario para Artaxerxes quando passamos
dos eventos do 4º ano (Ageu, Zacarias) para o 7º ano, ano da ida de Esdras para
Jerusalém.
Esdras 6:14 – Edificaram a casa e
a terminaram segundo o mandado do Deus de Israel, e segundo o decreto de Ciro,
de Dario, e (isto é) de Artaxerxes, rei da Pérsia. Apenas duas pessoas são
nomeadas aqui.
Depois de Esdras ir a Jerusalém no 7º ano de Artaxerxes/Dario, Neemias parte
no 20º ano deste rei, depois de tomar conhecimento através de Hanani da
situação em que se encontrava o povo e a cidade de Jerusalém. Os que se acham na província estão em grande
miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas
queimadas a fogo (Ne 1:1-4). Os judeus já tinham tentado começar a
reconstrução dos muros logo desde a sua chegada, como dá a entender a carta de
Reum e Sinsai a Artaxerxas/Ciro ou Cambises que diz que vão restaurando os seus muros (Ed 4:12). Na sequência desta carta,
os judeus tinham sido proibidos de continuar a edificar a cidade, incluindo
evidentemente os muros (Ed 4:21). E a obra da casa de Deus cessou até ao
segundo ano de Dario (Ed 4:24). Parece, no entanto, que continuou a haver
construção em Jerusalém. Quando no segundo ano de Dario, o profeta Ageu começa
a profetizar, ele acusa-os de habitarem em casas apaineladas, enquanto a casa
de Deus permanecia em ruinas. No segundo ano de Dario, os judeus recomeçaram a
obra do templo, sem autorização. Sabemos isto porque Tatenai, governador dalém
do Eufrates, lhes foi perguntar: Quem vos
deu ordem para reedificardes esta casa e restaurardes este muro? (Ed 5:3). O
muro aqui refere-se provavelmente ao muro do templo e não da cidade. Do segundo
ao sexto ano de Dario, todo o esforço de construção incidiu provavelmente apenas
no templo. No 20º ano de Artaxerxes/Dario, 13 anos depois de terminar as obras
do templo e de orná-lo com as ofertas que Edras trouxe, ainda não tinham
conseguido avançar com as obras de restauro dos muros, devido à condição de grande miséria em que se achavam (Ne
1:3).
Com a autorização de Dario de construir o templo parecia ter chegado uma
interrupção nos tempos angustiosos. Contudo, houve outro acontecimento que deve
ter causado grande angústia entre os judeus espalhados por todo o Império
persa, e naturalmente também em Judá, e que terá certamente abrandado e
dificultado o trabalho de construção. No 12º ano do rei Assuero/Dario (somos de
opinião que o Assuero de Ester é Dario), começou Haman a procurar destruir
todos os judeus, porque Mordecai recusara-se a inclinar-se perante ele. Com a
conivência do rei, Haman enviou cartas a todas as províncias para que se destruíssem, matassem e
aniquilassem de vez a todos os judeus, moços e velhos, crianças e mulheres, em
um só dia, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar, e que lhes
saqueassem os bens (Es 3:13). Estas cartas suscitaram o ódio de todos os
povos contra os judeus, preparando-se um massacre geral. Para salvar o seu
povo, Ester declarou a sua descendência, o que não fizera antes por obediência
a Mordecai, e pediu a vida do seu povo. O rei concedeu que os judeus de cada
cidade se reunissem e se dispusessem para defender a sua vida, para destruir,
matar e aniquilar qualquer força armada que viesse contra eles, no mesmo dia
que tinha sido determinado por Haman para destruição dos judeus (Ester
8:10-14). Os judeus mataram 75.000 (Ester 9) e também Haman foi morto.
Mas as dificuldades não terminaram ainda. Depois destes acontecimentos,
o rei Assuero/Dario impôs tributo sobre a
terra e sobre as terras do mar (Es 10:1), também sobre o povo de Judá, que
tomaram dinheiro emprestado até para o tributo do rei (Ne 5:4). (O tributo
imposto por Assuero depois do seu 12º ano é uma prova de que Assuero é Dario, e
não Xerxes, porque Dario subjugou todas as ilhas do Egeu, mas Xerxes perdeu-as
todas antes do 12º ano do seu reinado.)
Realmente, a conjuntura económica e social não estava favorável aos
judeus. Assim, no vigésimo ano de Artaxerxes/Dario, os muros continuavam em
ruínas e as portas ainda estavam queimadas como quando foram incendiados pelas
tropas de Nabucodonosor. Contudo, alguma obra estava a ser feita quando Neemias
chegou a Jerusalém (Ne 2:16).
Neemias pediu ao rei, estando a
rainha [Ester] assentada junto dele,
que o enviasse a Jerusalém a fim de reedificar cidade. Lembremos que depois da
vitória dos judeus no 13º ano do reinado de Assuero/Dario, Mordecai tornou-se
uma figura importante no reino, o segundo depois do rei, e que procurava o
bem-estar e prosperidade do seu povo (Es 10:3). Também a rainha Ester tinha
autoridade em assuntos que diziam respeito aos judeus (Es 10:29). Por isso,
certamente, o pedido de Neemias foi bem recebido pelo rei que concordou em
enviá-lo.
O rei perguntou-lhe: Quanto durará
a tua ausência, quando voltarás? Neemias marcou um certo prazo (Ne 2:4-6).
Este prazo foi de 12 anos, porque no ano trinta e dois de Artaxerxas Neemias
foi ter com ele (Ne 13:6). Observamos que o 32º ano de Artaxerxes/Dario corresponde
ao 49º ano das primeiras 7 semanas da profecia de Daniel 9. O regresso de
Neemias encerra este ciclo de 7 semanas.
Mas há um problema a resolver, que é o seguinte. Diz Neemias 6:15 que o
muro se acabou no dia 25 do mês de Elul, que é o 6º mês (mas não diz em que
ano), em 52 dias.
A maioria dos comentários deduz que os muros foram reedificados em 52
dias, e teriam portanto sido terminados no primeiro ano da chegada de Neemias a
Jerusalém, isto é no 20º ano do rei Artaxerxes/Dario. Se for este o caso, a nossa
hipótese cai por terra.
Porém, podemos apontar várias razões que nos levam a crer que a
reedificação dos muros durou na realidade quase 12 anos, o tempo da estadia de
Neemias em Jerusalém, e não apenas 52 dias como parece dar a entender Esdras
6:15.
Sabemos que Neemias foi governador (PECAH) na terra de Judá do ano 20 ao
ano 32 do rei Artaxerxes (Ne 5:14).
Perante a gravidade da situação que foi comunicada por Hanani, Neemias
marcara ao rei um prazo de 12 anos (Ne 2:6; 5:14; 13:6). Se pensasse que podia
fazer a obra num mais curto prazo de tempo, Neemias não teria pedido ao rei 12
anos para reedificar Jerusalém.
A cidade era espaçosa e grande (Ne 7:4), mas havia pouca gente nele. Isto
ainda era assim depois de os muros terem sido reedificados. Na realidade, dos
judeus que voltaram à sua terra depois do exílio, só uma pequena parte se
instalou em Jerusalém. Deitaram sorte para trazer um de dez que habitasse na
santa cidade de Jerusalém, e as nove partes permaneciam noutras cidades, nas
suas cidades de origem (Ne 11:1-). Seriam poucos os trabalhadores para fazer a
reconstrução do muro, portanto, outros teriam que vir de fora da cidade e certamente
fazer turnos.
Quando olhamos para a sucessão dos factos que ocorreram em Jerusalém
durante o tempo de Neemias como governador (que são apresentados numa narrativa
cronológica desde o começo das obras até à dedicação do muro), é difícil
encaixar todos os eventos num tão curto período de 52 dias. Vejamos:
- O desagrado dos locais (Sambalate e Tobias) que alguém viesse procurar
o bem dos filhos de Israel já era notório quando Neemias foi primeiro aos
governadores dalém do Eufrates entregar as cartas do rei (Ne 2:9-10). Ainda
nenhuma obra tinha sido iniciado e já a oposição estava no ar. Continuam os “tempos
angustiosos”.
- Chegado a Jerusalém, Neemias foi inspeccionar os muros de noite.
Contemplou os muros que estavam
assolados, cujas portas tinham sido consumidos pelo fogo (Ne 2:13).
- Ouvindo dos planos de reedificar os muros, Sambalat e Tobias
desprezaram os judeus (Ne 2:19-20).
- Encorajados por Neemias, o povo dispôs-se a edificar (Ne 3). O capítulo3
de Neemias descreve quem faz o quê sobre toda a extensão do muro.
O bom senso diz que é improvável, senão impossível, que em 52 dias se
levante uma obra destas dimensões, estando escrito que os muros de Jerusalém
estavam derrubados e as portas queimadas a fogo e perante a dimensão do muro.
Embora os arqueólogos não estejam de acordo sobre a dimensão do muro, o
texto bíblico mostra que tem 11 portas, 10 mencionadas em Ne 3 (porta das
ovelhas, porta do peixe, porta velha, porta do vale, porta do monturo, porta da
fonte, porta das águas, porta dos cavalos, porta oriental e porta da guarda) e 1
mencionada em Ne 12:39, mais quatro torres. Trata-se, portanto, de uma cidade
grande. Cidades mais pequenas tinham geralmente só uma porta, para maior
segurança e facilidade de defesa.
Tantas portas significa que havia necessidade de muita madeira (Ne 2:8),
tempo para cortar a madeira e fabricar as portas. 52 dias não são sequer dois
meses …
- Tendo Sambalat ouvido que edificavam o muro, ardeu em ira e foi buscar
o apoio do exército estacionado em Samaria (Ne 4:2-3).
- Apesar do desprezo mostrado pelos opositores, Neemias orou e os judeus
continuaram a edificar com muito afinco e todo
o muro se fechou até metade da sua altura (Ne 4:6).
- Ouvindo Sambalat e Tobias, a quem já se tinham reunido arábios,
amonitas e asdoditas (Ne 4:7), que a reparação dos muros ia avante e que já se
começavam a fechar-lhe as brechas, ficaram muito irados e ajuntaram-se de comum
acordo para atacarem Jerusalém, suscitar confusão e atemorizar os judeus. Pensavam
agir em segredo e ataca-los repentinamente, mas os judeus foram informados
destes planos (Ne 4: 11-12).
- Agora os trabalhadores passaram a trabalhar armados (Ne 4:13-23)… em
tempos angustiosos.
- Surge uma questão interna (Neemias 5). Havia uma fome e houve quem
tivesse que hipotecar os seus bens para ter alimentos, além de ter emprestado
dinheiro para pagar o tributo imposto pelo rei. Alguns aproveitaram-se da
situação e exploraram estas famílias. Neemias repreendeu os nobres e
magistrados e disse-lhes: sois usurários, exigindo-lhes que restituíssem
terras, bens e dinheiro. A fome (Ne 5:3), as constantes ameaças, e esta questão
interna terão certamente atrasado a obra.
- O muro estava edificado e nele já não havia brechas nenhumas, embora
ainda não tivessem sido postas as portas nos portais, quando se deu a tentativa
de Sambalat, Tobias e Gesém de matar Neemias (Ne 6:1-14).
- Finalmente acabou-se o muro no dia 25 do mês de Elul, que é o 6º mês, em 52 dias. (Ne 6:15).
Como não estavam ainda colocadas as portas, parece-me mais praticável que
os 52 dias corresponda o tempo que durou a colocação das portas após o término
da reconstrução do muro propriamente dito.
- Uma vez reedificado o muro e assentadas as portas, Neemias, que era o
governador (Ne 8:8; 10:1), nomeou Hanani,
seu irmão, e Hananias, o maioral da fortaleza, sobre Jerusalém (Ne 7:1-2).
Nomear um substituto significa que Neemias estava a preparar-se para regressar
a Susã, visto que a sua missão em Jerusalém terminara conforme o que tinha
acordado com o rei. Isto prova também que as obras não terminaram antes do 31º
ou o mais tardar o 32º ano de Dario/Artaxerxes.
- Deus pôs no coração de Neemias ajuntar os nobres, os magistrados e o
povo para registar as genealogias. Achou o livro da genealogia dos que subiram
primeiro com Zorobabel e Jesus. Neste parêntese entre o término das obras e a
dedicação do muro (Ne12), Neemias recorda os acontecimentos dos primeiros
tempos depois do regresso do exílio (Ne 7:6 a 12:26), o início dos 49 anos.
- Dedicação dos muros (Ne 12:27-45).
Neemias organizou dois coros que
andaram em procissão sobre o muro, desde a porta da fonte, um coro numa
direção, o segundo na direção oposta, encontrando-se na porta da guarda, de
onde foram para o templo. Também o povo ia por cima do muro (Ne 12:38).
- ano 3515 AH.
No ano 32 de Artaxerxes, Neemias voltou para Babilónia (Ne 13:6), mas
regressou depois de algum tempo. Entretanto, Eliasibe o sacerdote tinha-se
aparentado com Tobias e fez para este uma câmara no templo.
Quando regressou a Jerusalém, Neemias também viu que o povo tinha
voltado a cair em pecado. Não guardaram o sábado, deixando as portas abertas
aos mercadores (Ne 13:15-22) e casaram-se com mulheres estrangeiras (Ne
13:23-29). Era nomeadamente o caso de um dos filhos de Joiada, filho do
sumo-sacerdote Eliasibe, contaminando o sacerdócio.
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