30/11/2014

DAVID. Elementos cronológicos

Saul começou a reinar em 2909 AH. Reinou 40 anos (At 13:21).

David tinha 30 anos quando começou a reinar (2Sam 5:4). Nasceu, portanto, no 10º ano do reinado de Saul.
Isto revela que há uma enorme diferença de idade entre Jónatas e David. Jónatas já era um guerreiro no exército quando Saul começou a reinar, ou pelo menos no segundo ano (1Sam 13:3), significando que tinha pelo menos 20 anos de idade. Assumindo que David derrotou Golias quando tinha aproximadamente 18 anos, Jónatas teria cerca de 48 anos nessa altura, quando os dois fizeram aliança.

Isto leva-nos à questão da idade de David quando enfrentou Golias.
Não nos é dito que idade David tinha quando foi ungido por Samuel no seio da sua família. Tinha idade suficiente para estar sozinho no campo para guardar as ovelhas, mas não entrava em linha de conta aos olhos da sua família, porque não estava em casa com todos os seus irmãos quando Jessé foi convidado por Samuel ao sacrifício (1Sam 16:1-13).

Quando David é chamado para tocar harpa para Saul, porque este era atormentado por um espírito maligno (1Sam 16:14-23), David é descrito como “forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, de boa aparência”. Esta não é uma descrição de um rapaz de 15 anos como geralmente apresentado, embora tivesse certamente menos de 20 anos porque não estava alistado no exército.
Nessa altura, foi feito escudeiro de Saul (1Sam 16:21). Há quem defenda que esta passagem deveria aparecer cronologicamente depois do episódio de Golias. Um escudeiro estaria com um oficial como ajudante na batalha, como por exemplo em Jz 9:54, 1Sam 14:6-7; 31:6. Floyd Nolen Jones pensa que o versículo deve ser interpretado como David estando “em formação”, sendo treinado, não havendo naquela passagem qualquer referência a David estando alistado para a guerra.

David ia a Saul para tocar harpa para ele, e voltava para apascentar as ovelhas de seu pai em Belém (1Sam 17:15), quando os filisteus se juntaram e Golias desafiou Israel. Apenas os três filhos mais velhos de Jessé seguiam Saul. David, não. Como “homem de guerra, forte e valente” estaria certamente no exército se tivesse mais de 20 anos. O que também é comprovado pela reação zangada dos irmãos em relação ao aparecimento de David no local da batalha (1Sam 17:28-29). Não faria sentido se tivesse idade suficiente.
David teria na altura menos de 20 anos, mas não muito menos.

David matara um leão e um urso quando apascentava as ovelhas (1Sam 17:34-37). Jones alega que Jessé, que era um pastor experimentado que conhecia bem os perigos e animais selvagens, não enviaria um rapaz pequeno, digamos 10-14 anos sozinho, a guardar o gado nestas circunstâncias. E David estava sozinho nessas ocasiões. Foram estas ações que lhe valeram a recomendação dos servos de Saul, de que era “forte e valente, homem de guerra”.
David é descrito e visto como “moço” (1Sam 17:33,42) quando comparado com Golias, um guerreiro experimentado e fisicamente forte. Mas não é demasiado pequeno ou franzino para experimentar a armadura de Saul. E Saul era um homem de estatura mais alta que a média, que “sobressaia de todo o povo do ombro para cima” (1Sam 10:23). David vestiu a armadura e experimentou-a, mas como nunca a tinha usado, naturalmente não se sentia à vontade com ela para enfrentar o gigante em combate. David era um jovem fisicamente plenamente desenvolvido.

Além disso, o contexto refere que Saul oferecia a sua filha em casamento a quem matasse Golias, o que chamou a atenção de David. Pouco tempo depois David casou efetivamente com Mical.
Quando David matou Golias tinha menos de 20 anos, mas provavelmente não muito menos. Depois passou a seguir Saul na guerra e, conduzindo-se com prudência, Saul o pôs sobre tropas do seu exército (1Sam 18:5). David, como jovem oficial, rapidamente conheceu muito sucesso e era respeitado por todos (1Sam 18:6-16), de modo que Saul tentou matá-lo e David teve de fugir.

Não é referido quantos anos David andou fugindo de Saul. Quando casa com Mical, já estava em maus lençóis (1Sam 18.21-29)! Apenas sabemos que antes de Saul morrer e David ser ungido rei em Hebron, ele esteve um ano e quatro meses com Aquis de Gate, na terra dos filisteus, estabelecendo-se na cidade de Ziclague no sul (1Sam 27:1-7). O tempo que David passou com Saul no seu exército com o tempo que passou fugindo será cerca de 10 anos.
2949 (data aproximada) – morte de Saul e início do reino de David em Hebron.

Em Hebron, David reina 7 anos e 6 meses em Hebron, tendo sido reconhecido como rei apenas pela tribo de Judá (2 Sa 2:1-4). Entretanto, Abner, capitão do exército de Saul, tomou Is-Bosete, filho mais novo de Saul, com 40 anos (nasceu na época em que Saul começou a reinar), e o constituiu rei sobre Israel (2Sam 2:8-11). Segue-se guerra entre Judá e as restantes tribos.
No seu 8º ano, depois do assassinato de Abner, por Joabe, e de Is-Bosete, todas as tribos de Israel vieram a David em Hebron, e ungiram a David rei sobre Israel. David então toma Jerusalém que ainda estava ocupada pelos jebuseus e faz dela a “cidade de David” (2Sam 4,5:1-12).

15/11/2014

Eli e descendentes


Foram indicados para oficiar como sacerdotes Arão e seus filhos, a saber Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 28:1).

Arão, e seu irmão Moisés e irmã Miriã, eram filhos de Anrão e Joquebede (Ex 6:20). Joquebede era filha de Levi, que lhe nasceu no Egipto (Num 26:59).

Nadabe e Abiú morreram quando trouxeram fogo estranho perante o Senhor. Não tiveram filhos. Ficaram na linha para o sacerdócio, Eleazar e Itamar, que oficiaram como sacerdotes diante de Arão, seu pai (Lv 10; Num 3:1-4; 26:61; 1 Cro 24:1-2).

 
No tempo em que os Juízes julgavam em Israel, o único sacerdote a oficiar no tabernáculo a que é feito referência é Eli, e seus filhos Hofni e Finéias. Finéias, filho de Eleazar, apareceu no tempo de Josué (Jos 22) e depois da morte de Josué, no episódio da guerra com Benjamim na sequência da morte da concubina do levita (Jz 19 e 20). Mas este episódio teve lugar na época anterior à opressão de Cusã-Risataim (ver anteriores mensagens sobre Juizes).

Tomamos conhecimento de Eli em 1 Samuel, quando Elcana e sua mulher Ana subiram a Siló, onde se encontrava então o tabernáculo. Deus ouviu a oração de Ana, e nasceu Samuel, que se tornaria profeta.

Eli morreu quando a arca foi capturada pelos filisteus no seguimento da batalha catastrófica de Ebenezer. Anteriormente, já calculámos em que ano isto aconteceu no ano 2883 AH. Eli tinha 98 anos, nasceu portanto em 2785.

Isto significa que Eli nasceu no tempo em que Gideão era juiz. Portanto, tendo vivido tantos anos, foi contemporâneo de muitos juízes - Gideão, Abimeleque, Tola, Jair, Jefté, Ibsá (época em que nasceu Sansão), Elom e Abdom – e passado por vários períodos de opressão.
 

Eli é do “braço” sacerdotal de Itamar, filho de Arão (1Cro24:3).

Eli tinha dois filhos, Hofni e Finéias, cujo comportamento era tudo menos irrepreensível.

Eli foi advertido através de um homem de Deus (1Sam 2:27-36) com as seguintes palavras:

“Eis que vêm dias em que cortarei o teu braço e o braço da casa de teu pai para que não haja mais velho nenhum em tua casa. O homem, porém, da tua linhagem a quem eu não afastar do meu altar, será para te consumir os olhos e para te entristecer a alma: e todos os descendentes da tua casa morrerão na flor da idade. Ser-te-á por sinal o que sobrevirá a teus dois filhos, a Hofni e Finéias: ambos morrerão no mesmo dia “ (vs.31-33).

Como isto aconteceu é narrado no decurso da história de Saul, David e Salomão.
 

ELI

 
FINÉIAS                                                              HOFNI

Hofni e Finéias morreram na batalha de Ebenezer, quando a arca foi capturada.

Nesse tempo, a mulher de Finéias deu à luz um filho, ao que deu o nome Icabode (ISam 4:19-2). Icabode tinha um irmão, chamado Aitube (1Sam 14:3).

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                                       AITUBE                                ICABODE
                                             |

                                    AÍAS, também chamado AIMELEQUE (1Sam 22:9,11)

No tempo de Saul, o sacerdote era Aías. Aías, filho de Aitube, irmão de Icabode, filho de Finéias, filho de Eli, sacerdote do Senhor em Siló, trazia a estola sacerdotal (1Sam 14:3).

Quando David fugia de Saul, foi a Nobe, ao sacerdote Aimeleque (1Sam 21:1-9). Estando lá também Doegue o edomita, este foi informar Saul. Saul acusou Aimeleque de traição e mandou matar os sacerdotes de Nobe (1Sam 22:6-23). Apenas Abiatar, um dos filhos de Aimeleque, conseguiu salvar-se e fugiu para David que lhe dá proteção (1Sam22:20-23;23:6).

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                                       ABIATAR

Abiatar ficou fiel a David durante a rebelião de Absalão, tendo levado a arca de volta para Jerusalém quando David fugira. Juntamente com Zadoque, ficaram na cidade, servindo de informadores a David. Por meio dos filhos deles, Aimaás e Jónatas, mandavam notícias a David do que ouviam na cidade. (2Sam 15:24-29,35-36; 17:16-21;19:11).

Porém, mais tarde, sendo David já velho e Adonias conspirava para usurpar o trono, Abiatar seguiu e ajudava Adonias, juntamente com Joabe, o comandante do exército de David (1Rs 1:5-8). Enquanto Zadoque permaneceu fiel a David.

Zadoque e Abiatar foram sacerdotes durante todo o tempo do reino de David (2Sam20:25).

Quando Salomão sobe ao trono, ele expulsa Abiatar do sacerdócio (1Rs 2:22,26-27,35). A linhagem sacerdotal de Arão fica agora reduzida a linhagem de Eleazar.

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                                      JÓNATAS, filho de Abiatar (2Sam 15:27)

Jónatas é o último descendente de Eli de que é feito menção. Não sabemos o que aconteceu com ele.


Uma certa confusão pode resultar da leitura paralela de 1 Cro 18:16 e 24;6, 31, onde é feito referência a Abiatar e Aimeleque. No entanto, contrariamente ao que aparece na narrativa em 2Samuel e 1 Reis, Abiatar é mencionado como o sacerdote que ajudou David em Nobe e Aimeleque como filho de Abiatar. Isto parece ser uma simples troca de nomes pelo cronista. Troca de nomes retomada por Marcos 2:26.

01/11/2014

SAUL E OS AMALEQUITAS

Disse Samuel a Saul … Assim diz o Senhor dos Exércitos: Castigarei a Amaleque pelo que fez a Israel; ter-se oposto a Israel no caminho, quando este subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver; nada lhe poupes, porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos. (1Sam 15).

Lembramos que, no segundo mês depois de Israel ter saído do Egipto, travou uma batalha contra Amaleque, que ia no sentido contrário e foi invadir e ocupar o Egipto. Os amalequitas foram identificados com os hicsos, segundo a tese de Immanuel Velikovsky aprofundada em Ages in Chaos (ver mensagem sobre o êxodo e os amalequitas).
Os hicsos/amalequitas governaram no Egipto no Período Intermédio que se estende entre o Império Médio e o Império Novo, ou tempo da 14ª à 17ª dinastia. De acordo com a Bíblia, no tempo do êxodo, Amaleque era o povo mais poderoso entre as nações. No episódio de Balaque e Balaão, Balaão profetizou que em Israel haveria “um rei que se levantará mais do que Agague” (Num 24:7) e disse que Amaleque era “o primeiro das nações, porém o seu fim será destruição” (Num 24:20). Se os amalequitas eram apenas, como muitas teses afirmam, uma tribo de beduínos nómadas, porque são chamados “o primeiro entre as nações» e, se nómadas, porque têm então uma “cidade” (1 Sam 15:4)?

O domínio e influência dos hicsos não estava confinado ao Egipto. Selos oficiais, nomeadamente do rei Agague, foram encontrados em vários países, até em Cnossos na Creta, o que levou os historiadores a terem de admitir que os hicsos, mesmo se por um duração limitada, comandavam um grande império ou, pelo menos, tinham uma extensa influência política.
Na Bíblia, no período dos Juízes, os amalequitas aparecem vez após vez, aliados aos filisteus e outros povos, contra Israel (Jz 3:13; 6.13; 7:12;10:12;12:15), o que significa que estavam bem presentes em Canaã.

Num 13:25 – os amalequitas e os cananeus habitavam no Negev quando os israelitas estavam a caminho de Canaã depois de saírem do Egipto.
Jz 3:12-13 – Eglom, rei dos moabitas, ajuntou consigo os filhos de Amom e os amalequitas… livrou-os Eúde.

Jz 5:14 – Débora, no seu cântico depois da vitória sobre Sísera, num versículo algo obscuro, refere-se a Efraim, cujas raízes estão na antiga região de Amaleque.
Jz 6:3; 7:12 – cada vez que Israel semeava, os midianitas e os amalequitas, como também os povos do oriente, subiam contra ele… livrou-os Gideão.

Jz 10:11-12 – Não vos livrei eu dos egípcios, e dos amorreus, e dos filhos de Amom, e dos filisteus? E os sidónios, e os amalequitas, e os amonitas, quando vos oprimiam e vós clamáveis a mim?
Jz 12:15 – Faleceu Abdom … e foi sepultado em Piratom, na terra de Efraim, na região montanhosa dos amalequitas.

Esta presença contínua de amalequitas em Canaã no tempo de Josué e Juízes contradiz a tese de que o êxodo teria ocorrido, de acordo com a cronologia convencional, quer na 18ª (Tutmés), quer na 19ª dinastia (Ramessés) do Império Novo. Não há qualquer alusão a campanhas militares egípcias, ou qualquer referência ao Egito na história de Israel, nem mesmo no tempo de David, até Salomão se casar com a filha de Faraó (1 Rs 3:1). Se aquelas dinastias eram tão poderosas, e se dominavam em Canaã, como afirmam os defensores da cronologia convencional, como é que não aparecem na história de Israel no tempo de Juízes, Saul e David? Porque os que dominavam em Canaã, eram os amalequitas/hicsos.
Parece-me que a tese de Velikovsky, apoiada por outros (Donovan Courville, James Jordan,) merece algum crédito, e a continuação da história ainda a irá reforçar.

I Samuel 15
1 Sam 15:4-7 – Saul convocou o povo, e os contou em Telaim, duzentos mil homens de pé, e dez mil homens de Judá. Chegando, pois, Saul à cidade de Amaleque, pôs emboscadas no vale. E disse aos queneus: Ide-vos, retirai-vos e saí do meio dos amalequitas para que eu vos não destrua juntamente com eles, porque usastes de misericórdia com todos os filhos de Israel, quando subiram do Egipto. Assim os queneus se retiraram do meio dos amalequitas. Então feriu Saul os amalequitas desde Havilá até chegar a Sur, que está defronte do Egipto.

Esta passagem relata a vitória de Saul sobre Amaleque. Ele tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo o povo destruiu ao fio da espada (v.8).
Mas mais do que uma grande vitória de Israel sobre Amaleque, esta vitória significou, segundo defende Velikovsky, a libertação do Egipto dos hicsos por Saul. Será apenas uma ironia da história que o povo que foi escravizado foi o libertador dos que os escravizaram?

Saul chegou à cidade de Amaleque (v.5). É um facto conhecido da história que a capital fortificada dos hicsos era Avaris, e pode ser esta cidade onde Saul chegou.
Avaris estava situada, segundo Maneto citado por Josefo, a oriente do braço de Bubastis do rio do Egipto, num ponto estratégico de onde controlava tanto o Egipto como a Síria. Segundo Flávio Josefo, Salitis, o primeiro rei da primeira dinastia de faraós hicsos, fortificou Avaris e estabeleceu ali um exército de 240.000 homens armados para proteger a sua fronteira (citado por Velikovsky, p.82, e Engberg,1927, p.5). Além disso, os hicsos mantinham guarnições em locais estratégicos, o que também explica a constante presença de amalequitas em Canaã no tempo de Juízes. Uma destas praças-fortes terá sido na região montanhosa de Efraim (Jz 5:14; 12:15).

Que elementos no texto apoiam que Saul conquistou Avaris?
Saul “pôs emboscadas no vale”. A palavra traduzida “vale” é NAKHAL, geralmente traduzido ribeiro, rio, ou leito de rio. Em várias ocasiões na Bíblia aparece NAKHAL MIZRAIM, o rio do Egipto (Num 34:5; Jos 15:4,47; 1Rs 8:65;2Rs 24:7, Is 27:12). Pelo contexto de 1 Sam 15:4-7 (Saul foi em direção ao sul, até Sur, defronte do Egipto), este “nakhal” onde Saul pôs emboscadas junto à cidade de Amaleque, provavelmente se refere ao rio do Egipto. No sul, onde Saul feriu os amalequitas, não há rios, apenas o rio do Egipto. No inverno é uma torrente; no verão, está seco. O que explico que Saul pôde por emboscadas no vale/leito do rio.

O deserto de Sur (Ex 15:22) era caminho de três dias do Egipto. Foi por onde os israelitas caminharam logo a passar o mar Vermelho.
Antes de atacar a cidade, Saul avisou os queneus para que saíssem da cidade a fim de não serem destruídos com os amalequitas. Os queneus eram descendentes do sogro de Moisés (Jz 1:16), que tinham subido da cidade das palmeiras (Jericó), com os filhos de Judá, ao deserto de Judá, que está a sul de Arade, e habitaram ali, entre os cananeus, em Arade (Num 21:1 – Arade, no Neguebe, isto é, no sul). Os queneus sempre trataram bem a Israel (Num 10:29) e Israel não os faria mal.

Existem duas fontes egípcias sobre a libertação do Egipto dos hicsos. A tábua de Carnarvon, que regista a participação do faraó vassalo Kamés em ação contra os hicsos, assistido por tropas estrangeiras.
Outra fonte é uma inscrição na parede do túmulo de Amósis, oficial do faraó com o mesmo nome, que participaram na expulsão dos hicsos. Esta inscrição tem a forma de uma narrativa de batalhas e sítios. De acordo com este documento, não foram príncipes egípcios rebeldes só que libertaram o país dos hicsos, mas os libertadores foram guerreiros vindos de fora. A inscrição fala de “um” (pronome indefinido) que lutou na água no leito de Avaris, que lutou no Egipto e capturou Avaris, mas não menciona o nome deste estrangeiro.

Depois da derrota de Avaris, uma parte dos amalequitas fugiu para Sharuhen, que foi sitiada durante 3 anos por Amósis e tomada pelo faraó Amósis I, o primeiro da 18ª dinastia.
Sharuhen (Saruém) é uma cidade na herança de Simeão (Jos 19:6). Isto explica que também os filhos de Simeão lutaram e “feriram o restante dos que escaparam dos amalequitas” e habitaram naquela região (1 Cro 4:43).

A derrota dos hicsos ocorreu em dois sítios, sucessivamente. Primeiro, em Avaris, depois em Sharuhen, para onde parte dos amalequitas se retirou. Apesar da vitória de Saul e morte de Agague, não foram todos destruídos. Os que escaparam retiraram-se para o sul de Canaã, e lá estavam quando David fugia de Saul alguns anos depois da vitória em Avaris. David lutou contra os amalequitas (1 Sam 27:8), que eram os moradores da terra desde Telã na direção de Sur até à terra do Egipto. Exatamente para onde foi Saul quando os derrotou pouco antes.