Quem era Zera o etíope?
Segundo Velikovsky, e de acordo com o esquema
cronológico que defende, Zerá, que conduziu um exército de etíopes e líbios
contra Judá (2Cr 16:8), não é outro que o faraó Amenotepe II do Egipto,
sucessor de Tutmés III, que já conhecemos como Sisaque no tempo de Roboão. É
possível que houvesse sangue etíope na 18ª dinastia; que a mulher de Tutmés III
fosse etíope. Ou era Amenotepe um etíope no trono do Egipto?
A morte de Tutmés III, que teve um reino longo e próspero, foi um sinal para os povos subjugados pelo Egipto insurgirem-se. O facto de Asa ter abolido os altares de deuses estranhos pode ser visto como uma insurreição contra o poder egípcio, bem como cercar as cidades de muros e torres e levantar um grande exército (2Cr 14:3,6-8). Lembremos que com a invasão de Sisaque (Tutmés III) em Judá e Jerusalém, Judá ficou vassalo do Egipto. Israel já o era, tendo Jeroboão tido o apoio do Egipto para juntar a ele as outras tribos.
Amenotepe II marchou com um grande exército para reprimir a rebelião na Síria e em Israel (Retenu). A sua primeira campanha, contra Edom e Ugarit, foi vitoriosa. No seu 9º ano, repetiu a expedição contra Israel. A única batalha foi travada num local designado «y-r’-s-t». De acordo com os anais de Amenotepe II, ele alcançou este lugar um dia depois que o seu exército deixou a fronteira egípcia. O lugar da batalha só pode ter sido no sul de Israel. Amenotepe disse-se vitorioso, porém visto o despojo ser insignificante, foi na verdade uma derrota. Não é de admirar: os monarcas egípcios nunca retratavam os seus fracassos. Se a campanha tivesse sido vitoriosa, não teriam voltado imediatamente para trás. 2 Crónicas mostra que a batalha foi vitoriosa para Judá. E com a insucesso do exército egípcio no sul de Judá, toda a região de Israel e Síria foi libertada do domínio egípcio.
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