19/07/2015

Dario o medo

Na cronologia consensual existe um intervalo de cerca de 3 anos entre a tomada da Babilónia com a ocupação do trono por Dario o medo (539  a.C.) e o decreto de Ciro no primeiro ano do seu reinado (536 a.C.). Sendo que o início do reinado de Nabucodonosor é datado 605-604 a.C., isto significa que a duração do domínio babilónico não foram na realidade 70 anos, mas apenas cerca de 66 anos.

Por outro lado, através de 2 Crónicas 36, fica claro que os setenta anos de repouso da terra equivalem aos 70 anos de domínio babilónico profetizado por Jeremias, sendo imediatamente seguidos pela libertação do povo judeu através do decreto de Ciro no primeiro ano do seu reinado.

"Os que escaparam da espada a esses levou ele [Nabucodonosor] para Babilónia, onde se tornaram seus servos e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia; para que se cumprisse a palavra do Senhor por boca de Jeremias, […] todos os dias da desolação [a terra] repousou até que os setenta anos se cumpriram. Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor por boca de Jeremias, despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá; quem entre vós e de todo o seu povo, que suba, e o SENHOR seu Deus seja com ele". (2Cr 36:20-23; ver também Esdras 1:1-4).

Portanto, biblicamente, de acordo com estas passagens, não parece existir nenhum lapso de tempo relevante entre o fim do domínio babilónico (tomada de Babilónia por Dario o medo) e o decreto de Ciro, emitido no seu primeiro ano.

Quem é então este Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, que foi constituído rei sobre o reino dos caldeus, e em cujo primeiro ano Daniel entendeu que os 70 anos tinham chegado ao seu fim (Dn 9:1-2)?

Várias hipóteses têm sido avançadas. Mas, primeiro, convém saber um pouco da história dos medos e dos persas.
Muito antes de Nabucodonosor subir ao palco da história, a queda do seu império e quem o destruiria já tinha sido profetizado, como podemos ler nos capítulos Isaías 13 e 14 e Jeremias 50 e 51. São os reis dos medos que Deus despertaria contra a Babilónia.

Eis que eu despertarei contra eles [Babilónia] os medos … (Is 13:17)
O SENHOR despertou o espírito dos reis dos medos, porque o seu intento contra Babilónia é para a destruir (Jr 51:11)
Consagrai contra ela [Babilónia] as nações, os reis dos medos, os seus governadores, todos os seus vice-reis (Jr 51:28)

O capítulo 5 de Daniel descreve o banquete dado pelo rei Belsazar na noite anterior à tomada da Babilónia (que foi tomada de surpresa, sem batalha). Uma das palavras que uns dedos de mão de homem escreveram na parede do palácio real foi peres, que Daniel interpretou assim:
Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas […] Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino (Dn 5:28, 30-31).
Aqui, os medos e os persas aparecem juntos, como povos aos quais o reino da Babilónia fora dado.

Pouco tempo antes da morte de Belsazar, Daniel tivera uma visão onde viu a continuação da história depois da Babilónia (Dn 8).
Eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um mais alto do que o outro, e o mais alto subiu por último (Dn 8:3)
Aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia (Dn 8:20).

O carneiro, que representa a Média e a Pérsia juntos, destruiu e engrandeceu-se sobre os poderes (simbolizados por animais) que existiam antes dele (v.4), portanto, Babilónia e as nações que integravam o império. Este novo domínio equivale ao reino de prata no sonho da estátua de Nabucodonosor (Dn 2:31-39).
Os dois chifres na cabeça do carneiro são os reinos da Média e da Pérsia, como duas forças dentro de um mesmo reino. No tempo de Isaías, a Média já era um grande poder. A Pérsia não existia e, por isso, este nome não era conhecido, nem podia ter sido utilizado pelo profeta. A região da Pérsia era, anteriormente, conhecida como Elão. Em Isaías 21:2, a Média está associada a Elão, subindo ambas contra a Babilónia (v.9). A antiga Elão tinha a sua capital em Susã, que mais tarde passou a ser a capital do Império Persa. Os Aqueménidas (dinastia a que pertencia Ciro) terminaram com a existência do Elão como poder político independente.

Os medos eram mais antigos e culturalmente dominantes. Os persas eram inicialmente tributários dos medos mas, com Ciro, a Pérsia tornou-se dominante. A Pérsia é o chifre mais alto que subiu por último. Com Ciro, persas e medos passam a formar um só reino.

 MEDOS                                                                                              PERSAS

Ciaxares I                                                                             (dinastia Aqueménida)
       |

Astíages                                                                                                Ciro I

       |                                                     |                                                    |

Ciaxares II           Mandana  (=irmã de Ciaxares II)              X             Cambises I

                                                                                                     |
                                                                                     Ciro II (é o Ciro da Bíblia)

Quem tomou Babilónia, de acordo com todos os registos históricos e arqueológicos, foi Ciro, também conhecido como Ciro II, da dinastia Aqueménida da Pérsia. Ciro tinha também ascendência meda, pelo lado materno. Era neto de Astíages, rei dos medos. Segundo Heródoto, Ciro revoltou-se contra Astíages, provocando uma guerra, da qual saiu vitorioso e se tornou soberano dos reinos unidos dos medos e dos persas. Por isso, os dois poderes continuam a ser mencionados juntos. Primeiro, fala-se em medos e persas (Dn 5:28; 6:8, 12, 15), mais tarde em persas e medos (Ester 1:19), o que ilustra muito bem o crescimento do segundo chifre em detrimento do primeiro (Dn 8:3).
Antes de apresentar as várias propostas para a identidade de Dario o medo, ainda é preciso ter em atenção um aspecto que é a questão dos nomes. Dario, tal como Xerxes, Artaxerxes e Assuero não são nomes próprios, nem cognomes, mas nomes de trono, títulos honoríficos, com um significado descritivo. Não há consenso sobre o que significam exactamente estes nomes, mas os historiadores não põem em causa que os reis na antiguidade costumavam usar mais do que um nome ou título. Documentos da época confirmam isto. Visto que os judeus viviam então na proximidade da cultura persa dominante, era natural que usassem estes nomes de trono da maneira como os persas faziam e não os nomes gregos (que foram dados posteriormente) e que nós usamos hoje como se de nomes próprios se tratasse.
Dario, em hebraico Dar’yavesh, palavra de origem persa, significaria simplesmente “senhor” ou “detentor do ceptro”. Assim, o nome Dario não oferece qualquer ajuda na identificação desta personagem de Dario o medo.
De acordo com alguns, Dario o medo seria Astíages (avô materno de Ciro), ou Ciaxares II (cunhado de Ciro), que teria sido colocado temporariamente no trono da Babilónia por Ciro após a conquista e Ciro só ocuparia o trono cerca de três anos mais tarde. Esta teoria apoia-se em algumas versões que traduzem que Dario o medo recebeu o reino, e não, como noutras traduções, apoderou-se do reino (Dn 5:31). O verbo aramaico quebal pode querer dizer tanto receber como tomar[1]. A diferença está na forma do verbo: a forma usada é Pael, que é uma forma intensiva do verbo e corresponde ao hebraico Piel que exprime geralmente uma acção intensiva ou intencional. A tradução apoderou-se do reino ou tomou o reino seria mais apropriada do que recebeu o reino.
Outra hipótese é que Dario seria Cambises, filho de Ciro. Era habitual os monarcas estabelecerem um dos seus filhos como co-regente durante as suas ausências, e isto foi efectivamente o caso de Cambises e Ciro. Várias tabletas foram encontradas[2] que mencionam Cambises como “rei da Babilónia”, enquanto Ciro é designado como “rei de nações (terras) ”. Cambises foi efectivamente co-regente com Ciro. Porém, é pouco provável que Cambises seja Dario o medo, pela idade de 62 anos (Dn 5:31) que tinha no momento da tomada de Babilónia.
A hipótese que, provavelmente, tem mais apoiantes é que Dario seria Gubaru, governador de Gutium, uma região da Média, e oficial de Ciro. Como comandante do exército de Ciro, Gubaru tomou Babilónia sem qualquer batalha, de acordo com a Crónica de Nabónido. Depois, Ciro nomeou-o governador da Babilónia. Morreu ainda no mesmo ano ou no ano seguinte, de acordo com as crónicas. Embora possamos pôr em questão o facto de um governador usar o título de “rei”, estes elementos enquadram-se relativamente bem no relato bíblico, se não fosse pelo episódio de Daniel na cova dos leões (Dn 6). Este episódio tem lugar no princípio do reino de Dario. O decreto que o rei Dario emitiu depois que Daniel saiu ileso da cova dos leões, um decreto dirigido aos povos, nações e homens de todas as línguas, que habitam em toda a terra (Dn 6:25-28) não é da mão de um mero governador de uma província, mas do rei de toda a nação.
Isto leva-nos à tese que se nos apresenta como a mais provável. O rei de toda a nação, de todo o império era Ciro, pelo que Dario o medo não será outro que o próprio Ciro, o persa. Isto é corroborado por uma adição deuterocanónica ao livro de Daniel (como capítulo 14): a história de Bel e o Dragão, uma variante da história de Daniel na cova dos leões, na qual o rei é identificado pelo nome de Ciro, não Dario.
Só Ciro, como “rei de nações”, podia emitir um decreto que abrangesse todo o seu império (ver situação semelhante em Dn 4:1). Do ponto de vista bíblico, Ciro é aquele a quem Deus deu o reino, como anteriormente o dera a Nabucodonosor (Dn 2:37-38). Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra (2 Cr 36:22; Ed 1:2). Ciro é o verdadeiro sucessor do poder babilónico, cuja cabeça era Nabucodonosor. Ciro é o cabeça do segundo reino, de prata, da estátua de Daniel 2. Dario é um título que lhe assenta.
Ciro é conhecido como “o persa” mas, como neto de Astíages, também era “medo”, podendo ser chamado filho de Assuero (Dn 9:1). Assuero é uma forma grega de Ahashverosh, que é uma hebraização de Ciaxares, que por sua vez é uma corruptela do persa Uwxshstra[3].
Em Esdras 6:1-3 lemos que, no segundo ano do rei Dario (este é Dario Histaspes, sucessor de Cambises), foi encontrado em Acmeta, na província da Média, um memorial escrito com as palavras de um decreto baixado por Ciro no seu primeiro ano relativamente à edificação do templo em Jerusalém. Isto indica que Ciro poderá ter estado na Média quando baixou o seu decreto.
Provavelmente, a razão porque Daniel fala aqui em Dario o medo e não em Ciro o persa é para fazer a ligação com as profecias de Isaías e Jeremias, que falavam dos medos como povo que derrubaria Babilónia. Assim seria perceptível para os judeus. Quando Ciro conquistou a Babilónia foi na qualidade de Dario o medo, em cumprimento das profecias e porque ainda não tinha sido feito a transição da predominância meda para a predominância persa. Daniel 10-12 recorda a última visão de Daniel no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia (Dn 10:1). Agora já aparece com o nome Ciro.
Ainda, a personagem de Dario em Daniel 6 enquadra-se bem na descrição que Heródoto dá de Ciro: um chefe de montanha, simples, ousado, vigoroso, com uma grande ambição e génio militar, mas também um monarca paternal, amável, clemente, educado e familiar com o seu povo (Citado por Anstey, The Romance of Bible Chronology, p. 267.).
Assim não há nada de estranho em Daniel 6:28 que diz que Daniel prosperou no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa, a palavra “e” devendo ser lido como “a saber” ou “isto é”[4].
A favor da identificação de Dario o medo com Ciro é certamente o facto de não haver qualquer interrupção da cronologia entre o fim dos 70 anos de domínio babilónico e o começo do domínio persa e, simultaneamente, a libertação dos judeus que se segue aos 70 anos de cativeiro, no primeiro ano de Ciro. Não faz qualquer sentido existir um interregno de cerca de três anos com “outro” Dario o medo. Não faz sentido, também, à luz da oração de Daniel. Daniel orou ao lembrar-se das profecias de Jeremias que falavam de 70 anos. Logo que se cumprirem para Babilónia setenta anos atentarei para vós e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar, profetizara Jeremias (Jr 29:10). O que também é corroborado por 2 Crónicas 36:21: … até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram. Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor por boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia … (2Cr 36:21-22).


[1] Informações sobre palavras hebraicas retiradas do Léxico de Gesenius, Hebrew and Chaldee Lexicon to the Old Testament Scriptures, edição de P. Tregelles, 1847, acessível em www.blueletterbible.org.
 
[2] Robert D. Wilson, Studies in the book of Daniel (1917)
[3] William H. Shea. Darius the Mede; An Update. Andrews University Seminary Studies 20 (1982): 229-247, e Darius the Mede in his Persian-Babylonian Setting. Andrews University Seminary Studies 29 (1991): 235-257, referida por James B. Jordan, Daniel: Historical and chronological comments V, Biblical Chronology, 7.4 (1995).
[4] Ver James M. Bulman, The identification of Darius the Mede, Westminster Theological Journal 35 (1973), 247-267.

18 comentários:

  1. Se Dario é a mesma pessoa que Ciro, me explique o capítulo 5 do livro de Esdras, que relata a carta de Tatenai a Dario, pois Tatenai (governador do território a oeste do Eufrates) se depara com o povo de Judá reconstruindo o templo ao grande Deus, quando pois Tatenai interroga o povo a respeito de quem os autorizou a reconstruir o templo eles respondem: "No primeiro ano do reinado de Ciro, o rei Ciro emitiu um decreto ordenando a reconstrução do templo". A carta de Tatenai a Dario encerra com "Agora, se for do agrado do rei, que se faça uma pesquisa nos arquivos reais da Babilônia para verificar se o rei Ciro de fato emitiu o decreto ordenando a reconstrução da casa de Deus em Jerusalém. Aguardamos do rei a decisão sobre o assunto". Se Dario fosse Ciro por que não apenas perguntar: "o senhor ordenou isso?", Será que Dario não se lembraria do decreto que ele mesmo fez? No começo do próximo capítulo declara: "O rei Dario mandão então fazer uma pesquisa nos arquivos" Forte abraço! Eu tenho uma teoria interessante sobre o assunto me procure em kary_lucia@hotmail.com

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    1. Busco estudos bíblicos mesclados com a história e gostaria realmente de analisar fontes históricas a respeita das 70 semanas de Daniel 9:24 e outros materiais que os irmãos puderem indicar.

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    2. Concordo com a Karina pois de acordo com o livro de Esdras Dario e Ciro nao são a mesma pessoa.

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    3. Eu entendi que Dário e Ciro não são as mesma pessoa é que eram dois poder num só a Maria e a persa pra se cumprir a profecia de Jeremias Ciro deixou o poder pra Dário pq tinha outros afazeres a cumprir mais depois ele voltou pra fazer o decreto a mando de Deus sobre a volta dos judeus pra Jerusalém veja vcs que Dário manda verificar nos livros antigos se Ciro tinha mesmo escrevi do esse decreto e achou então Dário não é Ciro nem Ciro é Dário é só prestar atenção eu entendi muito bem

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    4. A resposta não seria que a ordem para reconstruir Jerusalém veio em 455AC, ou seja, muito tempo depois de Ciro conquistar Babilônia?

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  2. O Dario do capítulo 5 de Esdras não é Dario o medo de que trato nesta mensagem, mas é outro Dario, conhecido na história como Dario Histaspes, sob cujo reinado os judeus retomaram a construção do templo encorajados por Ageu e Zacarias, depois de as obras terem sido interrompidas durante vários anos. Veja as mensagens sobre a Cronologia das 7 semanas (publicadas a partir de outubro 2015).

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    1. Anne, parabéns pela resposta.
      Durante o ministério profético de Daniel, ele esteve presente nos impérios de Dario, o medo filho de Astíages e de Dario Histaspes como você falou.

      Dario, o medo, era tio de Ciro. Ciro, é filho de Cambises, o persa, com Mandene.
      Ciro nasceu de uma aliança política entre Astíages, o medo, com Cambises, o persa. Nessa aliança, Astíages deu sua filha Mandene a Cambises.

      Se olharmos para os históricos extrabíblicos, deixamos de acreditar nas profecias de Daniel e dos demais profetas que citam a existência de Dario como conquistador de Babilônia. À época a Pérsia, era um país vassalos da Média.
      Nesse caso, Ciro apenas ajudou seu tio invadir Babilônia. No caso do decreto de Ciro logo no primeiro ano da conquista de Babilônia, ele foi emetido em consenso com Dario que era seu tio. Agora, depois da morte de Dario, o medo, foique Ciro unificou os dois impérios. Formando assim o império Medos-persas, cumprindo-se a profecias de Jeremias, de Isaías e o sonho de Nabucodonosor, interpretado por Daniel.

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  3. O rei Dario de Esdras não é o mesmo Rei Dario de Daniel.
    Acredito que o rei Dario de Esdras trata-se de Artaxerxes.

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  4. Gostei deste texto. Há algum tempo eu procurava uma pesquisa que tratasse deste Dário de Dn 5.31. Parabéns, irmã Anne Philip Santos.

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  5. Respondeu muito bem
    V
    V
    Anne Philip Santos15 de outubro de 2016 às 18:21

    O Dario do capítulo 5 de Esdras não é Dario o medo de que trato nesta mensagem, mas é outro Dario, conhecido na história como Dario Histaspes, sob cujo reinado os judeus retomaram a construção do templo encorajados por Ageu e Zacarias, depois de as obras terem sido interrompidas durante vários anos. Veja as mensagens sobre a Cronologia das 7 semanas (publicadas a partir de outubro 2015).
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    Na nobreza, é comum a repetição de títulos (Ciro I, Ciro II [Dario, de Daniel 5]... Júlio César, César Augusto..., D. Pedro I, D. Pedro II...).

    Muito bom!!!

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  6. É o mesmo. O capítulo 1 de Daniel situa-se no tempo da Babilónia, começando com Nabucodonosor, até ao fim do seu império, quando Ciro (Medos e Persas) toma o poder. Portanto, Daniel fica até o primeiro ano de Ciro (que encerra o tempo da Babilónia). E depois Daniel continua em funções sob Ciro, pelo menos até ao terceiro ano dele, quando tem a visão do cap. 10.

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  7. Obrigado por dedicarem seu tempo á trazer esse excelente conteúdo que é muito útil, Deus os abençoe

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  8. Vous êtes française ? au moins votre prénom c'est vrai.

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  9. Então na verdade o Cap9 de Daniel se enquadra no final do cap5 e no Cap6
    Quando babilônia e tomada e dario o medo começa a reinar.Daniel entende ps 70anos e se volta para Jerusalém para orar....onde é acusado pelos 2 presidentes perante dario e e jogado na cova dos leoes

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  10. Estudando essas profecias notei que os capítulos 6 a 11 não estão em ordem cronológica. A cronologia está no reinado, no tempo de quem reinava. E este Estudo sobre Dario e Ciro é fundamental para entendermos o tempo em que Daniel teve o entendimento da visões.

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    1. Possível cronologia dos capítulos de Daniel: 01-02-03-04-07-08-05-09-06-10 a 12. Abraços.

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