05/09/2015

A PROFECIA DAS 70 SEMANAS DE DANIEL (6) – A desolação


E o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será como uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações (v.26b).

Sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador (v.27b).


O povo do príncipe destruirá a cidade


Esta passagem prediz sem sombra de dúvida o juízo de Deus sobre a cidade de Jerusalém, executado pelos exércitos romanos, no ano 70 da nossa era. Como acontecera no tempo de Nabucodonosor da Babilónia, aconteceria novamente uma grande destruição, agora muito concretamente em consequência de Israel ter rejeitado o seu Messias. Jesus veio para o que era seu, e os seus não o receberam (Jo 1:11). O próprio Jesus confirmou em várias ocasiões que o juízo viria sobre Jerusalém porque não reconheceram o tempo da sua visitação; nas suas parábolas (Mt 21: 33-46; 22:1-7; Lc 20:9-16; Is 6:8-13), no sermão profético (Mt 24), quando chorou sobre Jerusalém.

Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco; e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação (Lc 19:43-44).

Israel não deu ouvidos aos servos de Deus, aos profetas, que em seu nome falavam aos reis, aos príncipes e a todo o povo da terra, como confessara Daniel (Dn 9:6). Jesus disse aos fariseus:

Sois filhos dos que mataram os profetas. Enchei vós, pois, a medida de vossos pais […] eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade; para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel […] (Mt 23:31-35)

As autoridades de Israel julgaram e condenaram Jesus através de meios falsos. Não foi um processo justo. Eles foram, de facto, homicidas. Vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos (At 2:23), afirmou Pedro aos judeus reunidos por ocasião da festa de Pentecostes. Na lei, o castigo do homicida era a morte (Nm 35:30-31).

O fim de Jerusalém foi num dilúvio, que nos faz lembrar o dilúvio que sobreveio ao mundo no tempo de Noé.

Foi um tempo atribulado, uma grande tribulação, antes da destruição final. Houve uma guerra sangrenta entre os judeus e os ocupantes romanos. Os exércitos romanos sitiaram a cidade durante três anos e meio. Por causa do cerco grassou uma fome terrível na cidade. E como se não bastasse, havia guerras internas, dentro da cidade, entre facções judaicas rivais, pilhagens e assassinatos entre irmãos judeus. Flávio Josefo descreve com muito realismo os horrores desta guerra.

O príncipe (aqui também NAGIYD), cujo povo havia de destruir a cidade e o santuário, é geralmente identificado com o general Tito, comandante daquelas legiões e filho do então imperador Vespasiano. Paralelamente, podemos ver naquele príncipe romano destruidor uma correspondência com o quarto animal (besta) das visões de Daniel: o animal terrível, que devorava e pisava aos pés (Dn 7:7-28), porque Roma foi o quarto império. Numa interpretação histórica, foi efetivamente o general Tito e as suas legiões que levaram a efeito a destruição de Jerusalém.

Mas, atendendo ao contexto e à simbologia bíblica, não seria mais exato dizer que este príncipe que vem com o seu povo é o mesmo príncipe que o do v.25? É, no fim de contas, Jesus que vem como Senhor dos Exércitos para executar vingança, juízo e justiça sobre os rebeldes e inimigos. É a Deus que pertence a vingança e é portanto Ele que a lidera os povos que usa como o seu instrumento: Assíria, Babilónia,  … e Roma.

… O Senhor levanta a sua voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque é poderoso quem executa as suas ordens; sim, grande é o dia do Senhor e mui terrível! Quem o poderá suportar? (Joel 2:1-11)

É o próprio Deus quem destrói o seu santuário (este princípio continua válido nos tempos do Novo Testamento; ver 1 Co 3:17, se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá), mesmo se para este efeito usa outros agentes.

Na visão de Ezequiel relativa à matança na cidade de Jerusalém (Ez 9), e no capítulo que descreve a saída da glória de Deus do templo (Ez 10), Deus falou ao homem vestido de linho para encher as mãos de brasas acesas e espalhá-las sobre a cidade. As brasas vinham de entre os querubins (Ez 10:2, 7). Esta é uma referência a Deuteronómio 13:12-16, que descreve como deviam ser julgadas as cidades idólatras. Ajuntarás todo o seu despojo no meio da sua praça, e a cidade e todo o seu despojo queimarás por oferta total ao Senhor teu Deus, e será montão perpétuo de ruínas; nunca mais se edificará (v.16). A cidade apóstata era oferecida em holocausto. O fogo utilizado para queimar ofertas e holocaustos era o fogo do altar e este fogo tinha origem em Deus. Quando o tabernáculo e o templo de Salomão foram consagrados, fogo saiu de Deus para consumir o holocausto no altar (Lv 9:24; 2 Cr 7:1). Este fogo era mantido aceso pelos sacerdotes e usado para começar outros fogos. Unicamente o fogo do altar era autorizado para acender outros fogos sacrificiais[1].

É evidente que Deus está no controlo da destruição, mas o versículo diz que é o povo do príncipe que destrói a cidade. Na interpretação histórica, o povo era o exército romano, mas na interpretação espiritual, é o povo de Deus, os santos. O Apocalipse mostra-nos este aspecto. Foram as orações dos santos, a clamar por vingança, que provocaram a destruição da cidade que se tinha tornado prostituta e que estava cheia do sangue dos santos. Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? (Ap 7:10). As orações dos santos foram oferecidas com incenso sobre o altar de ouro diante do trono, e o fumo do incenso subiu a Deus com as orações dos santos. Mas a seguir, o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e atirou o fogo à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terramoto (Ap 8:3-5), imagens proféticas características que ilustram o derramar do juízo do Senhor (por ex. Is 13:6-13; Is 29:6; Jl 2:10-11). A destruição de Jerusalém foi um dia de juízo. O fogo do altar, para destruir a cidade apóstata, vem do céu e é atirado à terra em resposta às orações dos santos[2].

A destruição de Jerusalém aconteceu no ano 70 d.C., portanto, 40 anos depois da morte de Jesus. O versículo 26 não diz que a destruição de Jerusalém devia acontecer na 70ª semana, mas depois das [sete e] sessenta e duas semanas. O Ungido foi morto depois das (7 e) 62 semanas, e pelo v.27 sabemos que isto aconteceu no meio da 70ª semana: na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares. Mas se o julgamento sobre Jerusalém não aconteceu dentro do quadro das 70 semanas, podemos, contudo, dizer que a causa e o motivo dessa destruição se encontra nos acontecimentos da última semana, mais especificamente na rejeição do Messias pelo seu próprio povo.

O castigo final fora adiado 40 anos. Novamente vemos a história bíblica repetir-se. Israel, quando saiu do Egipto e o povo recusou entrar na terra prometida depois do relatório negativo dos espias, andou 40 anos pelo deserto. Ao longo destes 40 anos, o tempo de uma geração, pereceram todos os incrédulos e a geração seguinte tomou posse da terra (Nm 32:13). Reconhece-se na época entre o ano 30 e 70 d.C. o mesmo padrão. Deus providenciou salvação e libertação para o seu povo e a promessa de uma nova terra, um novo Reino. Mas, para aqueles que recusaram, o seu fim foi destruição. E não entraram no Reino prometido.

Nesse tempo … haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro (Dn 12:1). A desolação veio sobre a Jerusalém terrena, sobre o símbolo da Velha Aliança, dando fim definitivo àquela dispensação. Mas havia salvação para quem cresse em Jesus. Todo aquele que invocar o Senhor será salvo (At 2:21).

 


Sobre a asa das abominações virá o assolador


Sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.

O assolador (ou destruidor) veio sobre a asa das abominações; isto é, veio por causa das abominações. Há que definir então o que são abominações.

A palavra hebraica SHEKETS (em grego, ‘bdelygma’), geralmente traduzida “abominação”, refere-se a transgressões abomináveis e detestáveis trazidas para dentro do santuário. São atos de idolatria que profanam o santuário[3].

Abominações não são ações cometidas por estranhos à aliança, mas são cometidas na presença de Deus pelo próprio povo de Deus, representados pelos seus sacerdotes. Porque os filhos de Judá fizeram o que era mau perante mim, diz o Senhor: puseram os seus ídolos abomináveis na casa que se chama pelo meu nome, para a contaminarem (Jr 7:30). Quando estava no exílio, Ezequiel viu em visão as abominações cometidas no santuário pelos sacerdotes (Ez 8) e viu a glória do Senhor sair do templo por causa da presença daquelas abominações (Ez 9:3; 10:18). Foram as abominações cometidas no templo pelos sacerdotes de Israel que contaminaram o lugar santo e resultaram na primeira destruição de Jerusalém e do templo de Salomão por Nabucodonosor (Jr 4:1;7:30; 13:27; Ez 5:9,11;6:11; 8:1-18; 2 Cr 36:14-17).

Não era a presença dos exércitos de Nabucodonosor no templo que constituía abominação, mas o facto desta presença e ação do inimigo era a consequência visível da abominação cometida por Israel. A abominação trouxe juízo, executado mediante o exército de um povo estranho. Daniel tinha plena consciência disto como podemos ver na sua oração.

Assim também na segunda destruição de Jerusalém (no ano 70 d.C.), o assolador viria por causa das abominações. Nos evangelhos, Jesus inspecionou duas vezes o templo e expulsou os vendilhões, uma primeira vez no princípio do seu ministério (Jo 2:13-17) e a segunda no final (Mt 21:12-13), acusando os judeus de terem feito dele um covil de salteadores. Pouco depois Jesus disse aos fariseus: a vossa casa vos ficará deserta (Mt 23:28). Momentos depois, Jesus saiu do templo (Mt 24:1), à semelhança da glória do Senhor que Ezequiel viu sair do templo, para nunca mais lá voltar, deixando-o deserto e “desolado”.

É um facto que os judeus continuaram a oferecer sacrifícios no templo enquanto este ficou de pé (até ao ano 70) mas, legalmente, a obra de Cristo na cruz aboliu o sistema sacrificial, fazendo com que a oferta de qualquer tipo de sacrifícios deixasse de fazer sentido para sempre. Rasgou-se o véu do templo e abriu-se o acesso ao santo dos santos, pelo sangue de Jesus (Hb 10:19).

A continuação dos sacrifícios e das ofertas significava a rejeição do Senhor e do seu Messias e era, por conseguinte, idolatria (estabelecimento da sua própria religião e justiça). Idolatria é abominação.

A expressão sobre a asa das abominações está relacionada com Números 15:37-41: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que nas bordas (literalmente: asas) das suas vestes façam franjas pelas suas gerações … serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os façais. Eram asas de santidade para lembrar os israelitas de guardarem a lei. Através de Ageu, Deus mandou perguntar aos sacerdotes: Se alguém leva carne santa na aba (asa) da sua veste e com a sua aba tocar no pão, ou no guisado, ou no vinho, ou no azeite, ou em qualquer outro mantimento, ficará este santificado? … Não … Se alguém, que se tinha tornado impuro pelo contacto com um corpo morto, tocar nalguma destas coisas, ficará isso imundo? … Ficará imunda. Então, respondeu Ageu e disse: Assim é este povo, e assim é esta nação diante do meu rosto, disse o Senhor; e assim é toda a obra das suas mãos; e tudo o que ali oferecem imundo é (Ag 2:11-14). Em vez ser de asas de santidade, asas de abominação traziam destruição.

Assolações estavam determinadas (v.26), e isto até à consumação (v.27). A consumação de quê? De todos os vestígios físicos relacionados com a aliança da lei, a qual estava simbolicamente representada pelo templo e a cidade (terrena) de Jerusalém, onde Deus fez habitar o seu nome. Com a Nova Aliança Deus mudou a sua habitação para outro lugar, já não a Jerusalém terrena, mas a Jerusalém celestial, o templo espiritual, a Igreja (Jo 14:23; 1 Co 3:16; Ap 21:2-3). É como Jesus disse à mulher samaritana: a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Paimas os verdadeiros adoradores adoram-no em espírito e em verdade (Jo 4:20-24). A Velha Aliança tornou-se obsoleta, deixou de ter utilidade e o que restava dela devia ser destruído. Quando Ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer (Hb 8:13), escreveu Paulo aos Hebreus um par de anos antes da destruição de Jerusalém. Não havia qualquer esperança de que aquela Jerusalém terrena continuasse a existir como lugar da habitação de Deus.

Resta identificar o assolador. Em geral, considera-se que o assolador é o “povo do príncipe” (v.26) que destruiu a cidade e sobre o qual no futuro seria derramado “o que está determinado”. Deus usava povos estranhos como instrumento para trazer os seus juízos sobre Israel, mas isto não significava que eles eram inocentados. O julgamento sobre Babilónia é disto um bom exemplo (Is 47; Jr 50-51). Se o assolador é Roma, o quarto animal, o juízo também foi derramado sobre ele.

Por outro lado, visto que foram as abominações dos sacerdotes e do povo de Israel a verdadeira causa da assolação, pode-se dizer que estes são o verdadeiro assolador. Como cabeça espiritual de Israel, o sumo-sacerdote seria o principal responsável da abominação, e sobre ele e sobre o povo seria derramado o que está determinado, e o que estava determinado era a maldição da lei (Lv 26). A última maldição (Lv 26:32-39) foi cumprida à letra no término da guerra entre judeus e romanos. No dia 10 de Av fogo foi posto ao santuário e o mês seguinte, no dia 8 de Elul, Jerusalém caiu totalmente nas mãos dos Romanos, segundo o relato de Flávio Josefo[4]. Aqueles que não foram mortos no cerco, pela fome ou pela espada, foram vendidos como escravos e dispersos por todo o mundo.




[1] A história do grupo de Coré em Números 16 é um bom exemplo do uso de fogo estranho, que não tinha origem no altar. Moisés e Arão resolveram a questão com fogo do altar (v.46).
[2] David Chilton, Days of Vengeance (1987), p.231-233.
[3] Há duas palavras hebraicas que são variavelmente traduzidas abominação ou coisa detestável: SHEKETS e TO’EBAH. TO’EBAH são atos detestáveis que ocorrem na vida diária, que estão em conflito com a lei moral e resultam em julgamento e expulsão da terra (exemplo: Lv 18:19-25). SHEQETS é usado para atos detestáveis que ocorrem no contexto do templo e que entram em conflito direto com o santuário, e que resultam em expulsão do santuário. Ver: James B. Jordan, The abomination of desolation, Part 1, 2, 3, 4a, 4b, in: Biblical Chronology, nº 25, 26, 31, 32 (1991). 

A Guerra dos Judeus, Livro VI, cap.4 a 10.
Foi editado em 2007, pelas Edições Sílabo, a primeira tradução completa em Português de A guerra dos Judeus.


14 comentários:

  1. Olá, muito bom seus estudos. Realmente essa profecia das setenta semanas é bem mais complexa do que parece. Mas uma coisa me intriga nisso tudo: O fato de Cristo mostrar a João muitas das visões que Daniel teve apontando pra um tempo ainda vindouro, uma vez que João teve a visão do apocalipse depois da destruição do templo. João vê a mesma Besta que Daniel vê, o chifre pequeno que tinha a boca arrogante, fazia guerra aos santos, des chifres em paralelo com os dez dedos da estátua, etc. Outra curiosidade é o fato de Jesus morrer na metade da ultima semana. No apocalipse vemos a expressão 42 meses ou 1260 dias sempre apontando para os 3,5 anos finais da 70ª semana.

    OUtra questão é a estatua de Nabucodonosor. Daniel nos revela que nos dias do reinado "dos pés da estatua" se cumpriria todas as coisas e Jesus voltaria e estabeleceria seu reino. O império romano acabou, então o que seria esses pés(ferro misturado com barro)?

    Jesus não voltou; logo, o império romano não cumpriu totalmente essa profecia. Há uma "ponta solta" que precisamos encontrar pra termos a revelação.

    Uma dica: Lá no livro de Daniel diz que o POVO do PRÍNCIPE que destruiria a cidade e não o príncipe. Apesar de ser um exército comandado por Tito as legiões que invadiram Jerusalém e a destruíram eram compostas de ÁRABES. O próprio Josefo menciona essa informação. tanto que Tito mesmo não queria que o templo fosse destruído, mas o ódio dos árabes pelos judeus era tamanho, que acabaram incendiando o templo.

    Sendo assim temos uma pista de que o "o povo do príncipe" era de etnia árabe, logo, o príncipe que há de vir não virá de algum país dessa etnia?

    Quando Daniel diz que eles se unirão mas não se misturarão, ele usa a palavra "arab" que quer dizer mistura.

    Não seria o caso de que esses dez dedos (mesmos dez chifres de apocalipse?) não estaria apontando pra um império otomano reavivado? POrque eu digo isso? Lembra que na visão de Nabucodonosor ele vê 4 impérios? O babilonico (Cabeça), o Medo persa (peito e braços), o grego (ventre e coxas) e o romano (pernas de ferro). O império romano foi divido e desa divisão surgiram dois impérios. Império romano ocidental com a capital em Roma e o oriental com sede em Constantinopla. O imperio romano do ocidente foi fragmentado, mas o do oriente resistiu um pouco mais até ser conquistado pelos otomanos que durou até a primeira Guerra.

    oncluindo: Não seria esse império dos 10 dedos da estátua um impeério otomano reavivado (em 10 países por exemplo) e vindo daí o governo do anticristo (príncipe que há de vir)?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tenho algumas observações sobre as questões que coloca:
      - Ap 1:1 diz que a revelação que Jesus deu a João era sobre coisas que brevemente deviam acontecer. Brevemente no tempo de João dificilmente se situará num futuro relativamente a nós, 2000 anos depois.
      Penso que todo o Novo Testamento foi escrito antes da destruição do templo no ano 70, incluindo o Apocalipse e que, portanto, João teve a visão antes da destruição do templo, não depois. E a semelhança entre o que escreveu Daniel e o que escreveu João é porque o que Daniel profetizou é o que se realizou na época da escrita do Apocalipse.
      -Daniel 2:44 disse que no tempo do quarto reino, que é o império romano (que ele não nomeia pelo nome porque se tratava de um poder que era desconhecido no tempo dele, mas os outros anteriores são mais especificados) Deus levantará um reino que não será jamais destruído … e que será estabelecido para sempre. O reino de Deus já foi inaugurado com a primeira vinda de Jesus, o que ocorreu no tempo do império romano. Jesus assentou-se no trono do seu reino. Esta profecia já foi realizada. Como também, é a minha interpretação, a destruição descrita no Apocalipse. Mediante um juízo executado, trata-se do fim e do encerramento de uma era, a era do Velho Testamento, cujos preceitos e sacrifícios se tornaram obsoletos pelo sacrifício de Jesus.
      - Na profecia das 70 semanas, o “príncipe que há de vir” está associado à destruição de Jerusalém no ano 70 como consequência da falta de arrependimento do Israel do VT e do não aceitar Jesus como Messias e unificador de judeus e gentios num só corpo. Não tem a ver com um futuro em relação a nós, mas é um passado realizado. E não tem a ver com uma suposta figura a que alguns designam como “o anticristo”.
      Algumas mensagens que escrevi talvez possam esclarecer mais alguma coisa. Veja as mensagens sobre OS TEMPOS DOS GENTIOS (fevereiro 2016), O PEQUENO CHIFRE (março 2016) e UM REINO QUE NÃO SERÁ JAMAIS DESTRUÍDO (março 2016).
      Obrigada por ler o blog.

      Eliminar
    2. OK. Obrigado por responder. vou dar uma olhada sim. Mas só pra eu entender melhor seu ponto de vista: Você crê então que todo o apocalipse já se cumpriu no passado? No tempo de João? Marca da besta, duas testemunhas, 1260 dias, besta da terra, besta do mar, etc..?

      Eliminar
    3. Sim, creio que tudo isto é passado (não sou a única a pensar isto). Com a primeira vinda de Jesus e, posteriormente e em consequência, o juízo executado sobre Israel e Jerusalém em 70, o "primeiro céu a a primeira terra" já passaram (Ap 21:1). Isto significa que foi o fim de uma era, uma era que já passou, uma era com determinadas características espirituais. Agora, com Jesus, estamos num "novo céu e nova terra", numa nova criação, numa nova aliança. Quando colocamos a marca da besta, as testemunhas, as bestas, etc. no futuro, as nossas tentativas de as compreender nunca passam de pura especulação e, por conseguinte, de perda de tempo. Relacionado com este assunto, aconselho o livro de David Chilton, Paradise restored. Muito esclarecedor e transformador. Pode encontrá-lo para download gratuito na internet.

      Eliminar
    4. Bom dia, graça e paz. Foi descoberto em 1978 após escavações , que o livro de Apocalipse foi escrito no ano 67 d.C , confirmando a teoria de que tudo isso já se cumpriu. Ótimo estudo, mas o sistema religioso evangélico nega até a alma essas verdades.

      Eliminar
    5. Anne Phillip Santos. Se você conclui que todo o apocalipse já aconteceu, Jesus já voltou, quando aconteceu a ressurreição dos mortos? 1 corintians 15?
      E Jesus falou que voltaria sobre as nuvens, e que todo olho o veria, inclusive os que O traspassaram. Como Jesus voltou se ninguém viu? Voltar sobre as nuvens e todo olho O verá, é uma característica da volta de Jesus, para não sermos enganados com falsas doutrinas e ensinamentos.

      Eliminar
    6. Cara Fátima. Não disse que todo o Apocalipse já aconteceu, mas uma grande parte do Apocalipse tem a ver com o juízo sobre Jerusalém no ano 70.Também não disse que já se deu a Segunda Vinda de Jesus e a ressurreição dos mortos de 1Cor 15. Mas o juízo sobre Jerusalém no ano 70 é o que se pode chamar de uma "vinda" em juízo.
      E quanto à ressurreição, Ap 20:6 diz "Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre este não tem poder a segunda morte". A primeira ressurreição está explicada em Ef 2:5-6 Estando nós ainda mortos (=primeira morte) em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo, e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus.

      Eliminar
  2. O livro do Apocalipse foi escrito no final do primeiro século, e não antes de 70.
    A maior parte de Apocalipse, senão ele todo, não se encaixa em eventos históricos anteriores.
    Estamos há quase 2000 anos sem profecia? Estamos então a nos corromper? Parece que vivemos em novo céu e nova terra, com o leão pastando como cordeiro?
    Já vimos o arrebatamento da vinda gloriosa de Cristo, predita por Paulo em Tessalonicenses e Coríntios?
    Penso ser bem precipitado colocar tudo no passado ignorando todas estas questões.
    Estamos no tempo dos dedos da estátua. Em breve nossa grande Rocha encherá este planeta, e celebraremos a definitiva, real, festa dos tabernáculo s!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Verdade amigo. Assim também se processa o meu raciocínio. 🙌

      Eliminar
    2. Afirmativo! Está escrito ( atos 1:9,10,11) que Jesus virá nas nuvens e todo olho O verá. Está é a característica da 2a vinda de Jesus para que ninguém nós engane com falsos ensinamentos e doutrinas.

      Eliminar
  3. Você está mais atrasado do que cão quando cai da mudança amigo!

    ResponderEliminar
  4. Jesus não vai voltar tito o anticristo
    A volta de Jesus é coisa da religião q não vive a Graça de Cristo pois virou negócio

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo,

      Hebreus 9:27

      Olha porque Jesus falou que voltaria em breve. Entendeu?
      O juízo acontece logo após a morte do nosso corpo, que é o tempo da nossa vida aqui na terra. Mas Ele tem o Seu tempo certo de voltar para destruir o mundo.

      Eliminar