Acreditamos que a
história do livro de Génesis – a criação, o dilúvio, os patriarcas – é uma
história verdadeira.
A corrente conservadora,
tradicional, diz que foi Moisés quem escreveu o Pentateuco, os cinco primeiros
livros (Génesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronómio). "Moisés escreveu todas as palavras do
Senhor” (Ex 24:4). "Esta lei escreveu-a Moisés e a deu aos sacerdotes,
filhos de Levi (Dt 31:9). E nas palavras de Jesus: “Porque de facto crêsseis em
Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se,
porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras (Jo 5:46-47)?
Apesar de existir
uma hipótese, a chamada Hipótese Documental, que o Pentateuco seria
composto por vários autores e redatores que viviam muito depois do tempo de
Moisés, em geral, a autoria de Moisés
não é muito questionada.
Mas permanece uma
questão: de onde recebeu Moisés a informação que forma o livro de Génesis?
Terá ele feito a recolha de histórias passadas oralmente de
geração em geração? Narrativas orais estão sujeitas a embelezamentos, omissões,
acréscimos, exageros, etc. o que não favoreceria o rigor literal do relato.
Existe uma outra teoria – a Hipótese de Wiseman (1888-1948),
também designada por Tablet Theory (teoria das tabuinhas) – que sugere que o
livro de Génesis é a compilação de uma série de relatos escritos, por
testemunhas oculares, em tabuinhas de barro. As tabuinhas foram guardadas e
passadas à geração seguinte, e mais tarde compiladas por Moisés, que as
“editou” e eventualmente inseriu alguns dados novos e comentários. Visto que os
escritores originais eram testemunhas oculares, os seus relatos deveriam ser
historicamente corretos.
P.J. Wiseman era um oficial britânico estacionado no Médio
Oriente, que se interessou pelas descobertas arqueológicas, embora não fosse
formado em história ou arqueologia. Ficou intrigado pelo estilo particular em
que eram redigidas centenas de tabuinhas de barro da antiga Mesopotâmia. Na sua
opinião, estas continham a chave para a escrita original do livro de Génesis.
Wiseman publicou o seu livro em 1936, que foi revisto e atualizado, em 1985,
por seu filho Donald Wiseman, professor em assiriologia e diretor do British
Museum, com o título “Ancient Records and the Structure of Genesis” (Nashville:
Thomas Nelson, Inc., 1985).
A hipótese de Wiseman
Tem sido observado que o livro de Génesis é estruturado em
secções divididas pela fórmula “toledot” (estas são as gerações de), que
aparecem 11 vezes (Gn 2:4; 5:1; 6:9; 10:1 e 32; 11:10 e 27; 25:12 e 19; 36:1;
37:2). Tem sido considerado que estas fórmulas “toledot” introduzem uma secção.
Por exemplo: A frase introdutória do capítulo 5 – Este é o livro da genealogia
(toledot) de Adão (Gn 5:1) – dá início à lista dos descendentes de Adão,
através de Sete.
O que Wiseman observou na maior parte das tabuinhas mesopotâmicas,
é que estas tinham uma espécie de “ficha técnica”, uma assinatura, que
identificava o autor da tabuinha através de uma árvore ou referência
genealógica, colocada no final do texto, um cólofon.
No caso de múltiplas tabuinhas sequenciais, havia uma frase que conectava uma
tabuinha com a outra a seguir. Muitos destes registos eram histórias sobre as
origens familiares. Wiseman observou a semelhança com as secções do livro de
Génesis. O cólofon das tabuinhas de barro mesopotâmicas apresenta semelhanças com
a fórmula “toledot” que encontramos 11 vezes no Génesis. Toledot, em hebraico,
é traduzido “gerações” ou “história”, ou ainda “origem”. Por exemplo:
Gn 2:4 – Esta é a génese
(toledot) dos céus e da terra
Gn 6:9 – Eis a história (toledot)
de Noé.
Gn 10:1 – São estas as gerações
(toledot) dos filhos de Noé
Habituamo-nos
a ler a Bíblia, observando capítulos, versículos e títulos. Estas divisões não
são originais, mas convenções adotadas a partir do século XVI e assumidas para
facilitar a edição, a procura e a leitura. Por vezes, porém, atrapalham a
compreensão de algumas passagens. Nas escritas antigas e no hebraico antigo não
havia pontos nem vírgulas. O texto era um encadeamento contínuo.
Nas nossas bíblias,
podemos observar que a frase “estas são as gerações de” é colocada no princípio
de uma passagem, enquanto poderá na realidade ter sido o final de uma tabuinha.
Por exemplo, estranhamos Gn 37:2 – Esta é a história de Jacó – que a partir
deste ponto conta a história de José e seus irmãos, e pouco fala de Jacó, que era a figura central da secção
que precede este versículo com a fórmula “toledot”.
Wiseman,
que tinha visto que os cólofones nas tabuinhas antigas estavam sempre no fim, e
não no princípio, aplicou este esquema às frases “TOLEDOT” de Génesis, e
descobriu que fazia sentido. O texto que precede a frase “esta é a genealogia
de …” continha informação sobre os eventos que o homem nomeado nesta frase
teria conhecido. Era lógico que tivesse sido escrito por essa pessoa. Noutras
palavras, cada frase “toledot” contem o nome da pessoa que provavelmente
escreveu o texto que precede aquela frase. Ou seja, o livro de Génesis consiste
numa sequência de tabuinhas, cada uma escrita por uma testemunha ocular dos
eventos nelas descritos. Estas tabuinhas teriam sido finalmente compiladas por
Moisés.
O background cultural da época do Génesis
Descobertas
arqueológicas, como os arquivos encontrados em Nuzi (no Iraque) e Mari (na
Síria), cidades da antiga Mesopotâmia, permitem compreender práticas e aspetos
da vida social do tempo dos patriarcas do Velho Testamento.
Estes
arquivos, escritos em tabuinhas de barro, contêm documentos legais e
administrativos, comerciais, cartas, tratados e textos literários e religiosos. O
valor dos textos de Mari para os estudos bíblicos está na sua localização
geográfica, perto da região por onde andaram os patriarcas, e também no facto
de que a língua pertence à família da qual é originária o hebraico do velho
Testamento.
As
tabuinhas mostram a existência de práticas semelhantes às que encontramos no
Génesis, como a adoção por casais sem filhos, direitos de herança, arranjos de
casamento, a importância da bênção no leito de morte, ídolos do lar. Mostram
que Abraão agiu conforme hábitos contemporâneos quando escolheu Eleazar como
herdeiro (Gn 15:2, 3) e Hagar como concubina (Gn 16:2). Duas gerações depois
Raquel deu Bila a Jacó em conformidade com as mesmas tradições sociais (Gn
30:3). Há tabuinhas que falam na adoção, pelo homem, da sua mulher como irmã,
para assim conferir-lhe uma posição superior e maior proteção. Isto pode
explicar porque Abrão (Gn 12:11-20) e Isaque (Gn 26:7) disseram que suas
mulheres eram suas irmãs. É possível que as tivessem adotadas como irmãs, de
acordo com os hábitos daquele tempo.
Aparecem
nas tabuinhas mesopotâmicas nomes de pessoas como Noé, Abrão, Labão e Jacó.
Estes nomes podem não estar relacionados com as figuras bíblicas mas mostram
que eram nomes usados naqueles dias.
Os
registos familiares eram muito valorizados em Nuzi, passados de geração em
geração. Esta mesma prática aparece nas genealogias do Velho Testamento.
Os
registos de Mari e Nuzi demonstram que as práticas sociais e culturais e as
condições socioeconómicas descritas no livro de Génesis são autênticas e apoiam
assim a autenticidade do relato de Génesis.
Isto
significa que o livro de Génesis é um documento que está em consonância com
tradições sociais da antiga Mesopotâmia e pode ser visto à luz deste background
cultural. Já não se pode descartar o livro de Génesis como simplesmente
mitológico ou lendário.
Isto
também significa que é possível existir um paralelo literário entre as
tabuinhas de Mari e o uso bíblico da fórmula “toledot” como cólofon, ou seja
terminando uma passagem e não introduzindo.
As divisões “toledot”
Analisemos
agora as divisões propostas por Wiseman, com alguns comentários e modificações
introduzidas por outros autores (Curt Sewell).
Tabuinha
|
Versículo inicial
|
Versículo final
|
Autor
|
1
|
Génesis
1:1
|
2:4a
|
Deus
(?)
|
2
|
Gn 2:4b
|
5:1a
|
Adão
|
3
|
Gn 5:1b
|
6:9a
|
Noé
|
4
|
Gn 6:9b
|
10:1a
|
Sem,
Cão e Jafé
|
5
|
Gn
10:1b
|
11:10a
|
Sem
|
6
|
Gn
11:10b
|
11:27a
|
Terá
|
7
|
Gn
11:27b
|
25:19a
|
Isaque
|
8
|
Gn
25:12
|
25:18
|
Ismael,
através de Isaque
|
9
|
Gn
25:19b
|
37:2a
|
Jacó
|
10
|
Gn 36:1
|
36:43
|
Esaú,
através de Jacó
|
11
|
Gn
37:2b
|
Êxodo
1:6
|
?
|
#1
Gn 1:1 – No
princípio criou Deus os céus e a terra…
Gn 2:4a – Esta é
a génese dos céus e da terra quando foram criados
Nesta primeira secção, não há nome de autor. Mas quem
poderia ter conhecimento do que aconteceu para poder escrever sobre como o
mundo foi criado? Só o próprio Criador. Ele pode ter escrito os primeiros
versículos com o seu próprio dedo, como fez em Ex 31:18. Ou ditou para que Adão
o escrevesse. Qualquer que tenha sido a mecânica, não pode ter sido outro que o
próprio Deus a ser o autor do relato da criação. É a história das origens do
cosmos, da terra, das plantas, dos animais e do homem. Está escrita segundo o
ponto de vista do Criador, e descreve o que Ele fez. Deus falava com Adão no
jardim. Só Ele podia ter revelado a Adão como as coisas foram criadas.
Pelo menos dois aspetos favorecem a interpretação de
“toledot” como cólofon. Um, verificamos que não há nenhuma fórmula “toledot” no
início do livro de Génesis. E o cólofon (Gn 2:4 - Esta é a génese dos céus e da
terra quando foram criados) lembra o primeiro versículo (No princípio criou
Deus os céus e a terra), contendo a história da criação entre Gn 1:1 e Gn 2:4.
E observamos que nesta secção Deus é sempre apresentado
como ELOHIM. Enquanto a secção seguinte (2:4b a 5.1a) utiliza JAWEH ELOHIM em
todos os casos, exceto no discurso direto entre a mulher e a serpente, quando é
utilizado ELOHIM (3:3 e5).
#2
Gn 2:4b – Quando
o Senhor Deus os criou ….
Gn 5:1a – Este é
o livro [sepher = algo escrito]
da genealogia (toledot =
história, descendência) de Adão.
O v.4 tem, na mesma frase, uma repetição: “quando
foram criados”, “quando o Senhor Deus os criou”. Isto não faz muito sentido.
Mas é uma frase cuja similitude dá a entender que conecta duas tabuinhas. “Quando
o Senhor Deus os criou” (v.4b) enceta uma nova passagem.
A palavra SEPHER refere-se a algo escrito, num livro
ou rolo, ou outro suporte. Isto indica que já existia escrita no tempo de Adão
e demonstra a plausibilidade da teoria de Wiseman.
A segunda tabuinha, terá sido o próprio Adão a descrever
o que estava à sua volta, o ambiente, a natureza, os rios, a criação da mulher,
as instruções para a vida e as tarefas a desempenhar, e a sua própria história
e como o pecado entrou no mundo, e as suas consequências, e a história do seu
filhos Caim e Abel.
Segundo Wiseman este capítulo é tão antigo que não
contém matéria mítica ou lendária – estes elementos são inteiramente ausentes.
Tem a marca de ter sido escrito antes que mitos e lendas tivessem tempo de se
desenvolver e não, como é frequentemente afirmado, numa data posterior quando teria
que ser despido de qualquer elemento mítico e lendário inerente a qualquer
outro relato de Criação existente. Este registo é tão original que não tem
qualquer traço de qualquer sistema filosófico … porque foi escrito antes que
clãs, nações ou filosofias pudessem originar … Génesis 1 é tão primitivo como o
primeiro humano (Wiseman, 1985, 90).
#3
Gn 5:1b –
No dia em que Deus (ELOHIM) criou o homem …
Gn 6:9a – Eis a história (toledot) de Noé.
Esta tabuinha dá as genealogias de Adão até Noé. Adão
não poderia escrever sobre coisas que aconteceram depois dele. O autor terá
sido Noé. Estas são as origens de Noé, sua linhagem.
O relato de Noé termina com o que Deus viu, a maldade
que se havia multiplicado, a decisão de Deus de fazer desaparecer da face da
terra o homem. Mas não foi Noé que escreveu o relato do dilúvio.
#4
Gn 6:9b – Noé era homem justo e íntegro…. Gerou três
filhos
Gn 10:1a – São estas as gerações dos filhos de Noé:
Sem, Cão e Jafé
Gn 6:9b faz claramente a conexão com 6:9a que introduz
uma nova tabuinha. Esta secção começa a falar de Noé, que gerou três filhos.
Descreve o dilúvio, a experiência da arca e a história de Canaã. Repete alguns
pontos da secção anterior: Gn 6:11,12-13,17 dizem com outras palavras o mesmo
que Gn 6:5-7. Faz algum sentido se se tratar de três relatos combinados, os de
Sem, de Cão e de Jafé, presumivelmente por Moisés. A autoria conjunta é
deduzida da frase-toledot que fecha esta secção: Estas são as gerações dos
filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé (Gn 10:1).
#5
Gn 10:1b – [Sem, Cão e Jafé] e nasceram-lhes filhos
depois do dilúvio….
Gn 11:10a – São estas as gerações de Sem
Nesta secção é Sem quem assina o registo. Ele fecha a
secção com a frase: Estas são as gerações de Sem. Sem viveu 500 anos depois do
dilúvio (morreu quando Isaque já tinha 50 anos) e manteve-se informado das
cabeças das famílias que formaram o mundo pós-diluviano. Esta secção elenca as
70 nações e a dispersão do povo, na sequência da divisão geológica da terra, do episódio da torre
de Babel e da dispersão das famílias.
#6
Gn 11:10b – Dois anos depois do dilúvio, era Sem da
idade de 100 anos …
Gn 11:27a – São estas as gerações de Terá.
Novamente uma conexão, entre 11.10b e 11:10b,
indicando o fim de uma tabuinha e o começo de outra. Esta secção elenca os
nomes na genealogia, todos os cabeças de família, desde Sem até Terá. O autor
desta secção terá sido Terá.
#7
Gn 11:27b – Terá gerou a Abrão, a Naor e a Harã …
Gn 25:19a – São estas as gerações de Isaque
Secção #7 é muito mais longa do que as anteriores. A
personagem principal da história é Abraão, mas a expressão “toledot” em Gn
25:19a dá a entender que a sua história não foi escrita pelo próprio Abraão,
mas por seu filho Isaque.
#8
Gn
24:12 – São estas as gerações de Ismael, filho de Abrão
Gn
25:18 -
Dentro
da secção #7 há uma subsecção, com informação acerca dos filhos de Ismael e
onde viviam, inserida imediatamente antes da frase-toledot que fecha a secção
#7 escrita por Isaque. Esta subsecção começa com uma frase-toledot, embora não
seja fechada com uma. Mas parece tratar-se de informação registada por Ismael,
porque fala apenas dos filhos de Ismael, não referindo descendentes mais afastados.
Esta informação terá sido dada a Isaque quando os dois irmãos se juntaram por
ocasião do sepultamento de seu pai Abraão; é introduzida logo a seguir aos
versículos que falam disto (Gn 25:8-9).
Como é o caso em todas as secções, as informações
fornecidas dizem todas respeito a eventos que tiveram lugar e a pessoas que
viveram dentro do espaço de vida daquele que é apresentado como sendo seu autor.
O que é outro aspeto que favorece a explicação do cólofon. Quem guarda as
memórias dos seus antepassados são os que se lhes seguem. E assim parece que as
tabuinhas escritas passavam de um para outro, e novos registos eram
acrescentados, até chegar a Moisés, que os compilou num único documento.
#9
Gn 25:19b – Abraão gerou a Isaque …
Gn 37:2a – Esta é a história de Jacó
A história de Jacó, “assinada” por ele (Gn 37:2),
começa com Abrão e o casamento de Isaque e Rebeca. No fundo, é a história de
seu pai Isaque e uma parte da sua própria história.
Nesta secção, com a listagem da descendência de Esaú,
ocorre uma subsecção em tudo semelhante à subsecção sobre Ismael e seus filhos.
#10
Gn 36:1 – São estes
os descendentes de Esaú, que é Edom
Gn 36:45
Esta
subsecção, que é todo o capítulo 36 de Génesis, é inserida logo antes da
“assinatura” toledot de Jacó (Gn 37:2a - esta é a história de Jacó), e a
informação segue logo a Gn 35:29, que fala de quando Jacó e seu irmão Esaú se
juntaram para sepultar o seu pai Isaque. Será nesta ocasião que Esaú forneceu
toda a sua informação familiar a Jacó, que a guardou.
#11
Gn 37:2b – Tendo José dezassete anos …
Esta última secção conta a história de José no Egipto
até ao final do livro de Génesis.
Há uma certa confusão porque a passagem começa dizendo:
Estas são as gerações de Jacó ou Esta é a história de Jacó. Mas logo a seguir
fala de José. Parece que o texto foi incorretamente dividido em versículos. A
primeira metade do versículo pertence à história anterior, assinada por Jacó, e
que conta a história de Isaque e uma parte da do próprio Jacó. A segunda metade
do versículo é a frase introdutória de uma nova secção.
Não há uma frase “toledot” no final da história de
José. Ele também não pode ter escrito sobre a sua própria morte que vem no
último versículo de Génesis.
Possivelmente, Ex 1:6 poderá ser a frase que encerra o
relato e pode ter sido acrescentado por Moisés quando herdou todas as
tabuinhas. Ou as últimas frases podem ter sido escritas por um dos seus filhos.
Ou como sugere R.K. Harrison (“Introduction to the Old Testament,” Eerdsmans, 1969, pp. 542-553),
esta
história ainda estava em forma oral quando Moisés a escreveu em hebraico.
A
hipótese de Wiseman faz sentido e explica algumas coisas. Se Génesis é
realmente uma série de relatos deixados por testemunhas oculares, e escritas
por aquele que assinou cada tabuinha, temos uma resposta para os estilos
diferentes de escrita que têm sido observadas, para o uso de um nome diferente
de Deus a partir de Gn 2:4b, e para o registo de conversações e outros pormenores.
Os
primeiros cinco livros da bíblia são tradicionalmente conhecidos como livros de
Moisés. Não está escrito que Moisés escreveu Génesis, mas é razoável assumir
que compilou as informações escritas em tabuinhas antes dele. As tabuinhas iam
sendo guardadas pelos patriarcas e acabaram no Egipto, com toda a descendência
de Jacó, onde Moisés acedeu a elas e juntou toda a informação num só documento.
Isto explica o uso de terminologia egípcia e de explicações inseridas em certos
lugares.
A hipótese de Wiseman tem, contudo, algumas incoerências, o que aponta para a teoria da expressão ELLEH TOLEDOT como expressão introdutória.
Bibliografia:
SEWELL, Curt (1994). The Tablet Theory of Genesis Authorship. Bible and Spade, Winter 1994, Vol. 7, No. 1 http://www.trueorigin.org/tablet.php
MARTEN
H. WOUDSTRA, THE TOLEDOT OF THE BOOK OF GENESIS AND THEIR REDEMPTIVE-HISTORICAL
SIGNIFICANCE Calvin Theological Journal
5 (1970) 184-89. (defende a formula “toledot” como introdutória)
Setterfield, Barry &
Helen. Tablet theory. www.setterfield.org Wiseman, P.J. and Wiseman, D.J. ed. 1985. Ancient records and the structure of Genesis: A case for literary unity. Nashville, TN: Nelson.
Donald J.
Wiseman, Creation time – What does Genesis say? S & CB (1991), 3, 25-34 https://www.scienceandchristianbelief.org/
PARDEE,
Dennis. The Mari Archives. https://www.ministrymagazine.org/archive/1977/04/the-mari-archives
Muito interessante! Parabéns pelo ótimo trabalho, Deus abençoe!
ResponderEliminarInteressante. Mas vamos pensar em comunhão e vemos por entendimento que Moises permaneceu 40 dias no cume do monte Sinai. Neste período o Senhor lhe mandou escrever os mandamentos. Mas também contou como foi a criação dos Seres viventes e a queda do homem.
ResponderEliminarMuito bom esse artigo.
ResponderEliminarDeve um erro de datilografia em: ".... Novamente uma conexão, entre 11.10b e 11:10b, "
Deve ser 11:10a e 11:10b.
Parabéns.
Digo: Deve "ser" um erro de datilografia.
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