Os
evangelhos de Mateus e Lucas não deixam dúvidas quanto ao facto de Jesus ter nascido
nos dias do rei Herodes (Mt 2:1). Lucas inicia a narrativa com a anunciação do
nascimento de João Batista, nos dias de Herodes, rei da Judeia (Lc 1:5),
recebendo Maria, no 6º mês da gravidez de Isabel, a visita do anjo Gabriel (Lc
1:36). A visita dos magos aconteceu quando Herodes reinava (Mt 2:3). Algum
tempo depois de Jesus ter nascido, depois da visita dos magos José é avisado
para fugir para o Egipto porque Herodes havia de procurar o menino para o matar
(Mt 2:13). E ficaram no Egipto até à morte de Herodes (Mt 2:15).
Se é certo
que Jesus nasceu no tempo do rei Herodes, existem, no entanto, incertezas
quanto ao ano exato do seu nascimento. O conhecimento do ano da morte de
Herodes fornecerá uma data limite para o nascimento de Jesus.
Mas aqui há
desacordo. Alguns defendem que Herodes morreu em 4 a.C., outros em 1 a.C.,
colocando a data do nascimento de Jesus entre um e dois anos antes. Isto com
base em Mt 2.16 – Herodes mandou matar os meninos de dois anos para baixo –, e assumindo
que Herodes teria morrido muito pouco tempo depois do massacre das crianças em
Belém.
Já referi
que os primeiros historiadores e pais da Igreja apontam todos para datas entre
3 e 1 a.C. para o nascimento de Jesus. Mais recentemente, no século XIX e XX,
muitos têm defendido uma data anterior a 4 a.C. (indo mesmo até 12 a.C.). Na
base desta hipótese estão informações fornecidas por Flávio Josefo
relativamente à duração do reino de Herodes, conjugadas com um eclipse de lua
ocorrido pouco antes da sua morte.
O
historiador Flávio Josefo é uma fonte importante para o conhecimento da vida de
Herodes. No entanto, é preciso ter algum cuidado porque Josefo nem sempre é
muito fiável em questões de cronologia quando ele escreve sobre períodos da
história não contemporânea dele.
Que diz
Josefo?
- que
Herodes recebeu o título real de Marcos António e Octaviano, na 184ª Olimpíada,
no ano em que os cônsules em Roma eram Calvino e Pollione (Antiguidades 14);
isto seria 714 AUC [1]
/ 40 a.C. (lista de cônsules romanos em Jack Finegan, Handbook of biblical chronology).
- que
Herodes tomou Jerusalém e foi então que começou o seu reino de facto, durante o
ano consular de Agrippa e Gallo (que será 37 a.C.), na 185ª Olimpíada. O quarto
ano deste ciclo olímpico estendia de julho 37 a junho 36 a.C.
- que Herodes morreu depois de um reinado de 34
anos, contando da data em que assumiu o controlo do estado em Jerusalém, depois
de ter morto Antígono; e 37 anos depois da data em que foi proclamado rei
pelos Romanos. (Guerras 1, Ant. 17)
- que o rei Herodes morreu pouco depois da ocorrência
de um eclipse da lua (Ant. 17), e antes da festa da Páscoa e dos Pães Asmos
(Guerras 2; Ant 17). Nessa Páscoa, Arquelau (sucessor de Herodes na Judeia) já
está a governar (porém ainda não tivesse ido a Roma para receber a confirmação
do seu reino). É a única vez que Josefo alude a um eclipse nos seus escritos.
O tratado
judaico Rosh Hashana diz que o dia 1 de Nisan é Ano Novo para reis. Isto
significaria que, se Herodes conquistou Jerusalém no ano 37, o seu reino de 34
anos (segundo Josefo) começaria oficialmente em 1 de Nisan de 36 a.C. E a sua
morte se situaria cerca de 3/2 a.C., pouco antes de completar o 34º ano em 1 de
de Nisan 2 a.C. (senão contavam 35 anos).
Mas é por
causa da referência de Josefo a um eclipse que a maioria dos teólogos colocam a
data da morte de Herodes em 4 a.C. e o nascimento de Jesus antes dessa data. Já
vamos ver porquê [2].
Segundo Ernest
Martin, eclipses são indicadores astronómicos poderosos para precisar quando certos
eventos ocorreram na história, e que os teólogos que adoptam o princípio
astronómico para resolver questões cronológicas estão absolutamente corretos. Eclipses
são testemunhas sólidas para apoiar a veracidade de registos históricos. Mas,
avisa Martin, se for considerado o
eclipse correto. Registos de eclipses são importantes, mas devem ser
corretamente interpretados. Num período de dez anos, é possível observar vários
eclipses lunares em quase toda a parte do mundo. Podem ocorrer dois ou três num
mesmo ano. Esta frequência pode ser um problema quando se trata de identificar os
eclipses mencionados pelos antigos historiadores quando eles não deram
pormenores sobre o dia da semana, a data do calendário ou se foi um eclipse
total ou parcial.
E este é o
problema no caso do eclipse mencionado por Josefo, que deu apenas a indicação
que uma festa de Páscoa foi celebrada não muito depois do eclipse. Mas não diz
quanto tempo depois.
Entre 7 e 1
a.C. quatro eclipses lunares podiam
ser observados na Judeia. É a um destes que Josefo se referiu.
7
a.C.
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Nenhum eclipse
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6
a.C.
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Nenhum eclipse
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5
a.C.
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13 de março. Eclipse total. Central às
18:30 h (tempo decorrido entre o eclipse e a Páscoa: 29 dias).
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5 a.C.
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15 de setembro. Eclipse total. Central
às 22:30 h (tempo decorrido entre o eclipse e a Páscoa: 7 meses).
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4
a.C.
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13 de março. Eclipse parcial. Central às
2:20 h (tempo decorrido entre o eclipse e a Páscoa:29 dias)
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3
a.C.
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Nenhum eclipse
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2
a.C.
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Nenhum eclipse
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1
a.C.
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10 de janeiro. Eclipse total. Central a
1:00 h (tempo decorrido entre o eclipse e a Páscoa: 12 semanas e meia).
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Com base nas
indicações de Josefo, e assumindo que Herodes iniciou o seu reino em Jerusalém
em 37 a.C., a sua morte se situaria em 3 ou 2 a.C. Mas não houve qualquer
eclipse em 2, nem em 3 a.C.
Por isso o
eclipse ocorrido em 13 de março do ano 4 a.C., um mês antes da Páscoa, foi
aceite pela maioria dos teólogos como o eclipse mencionado por Josefo e apesar dos
problemas associados a esta opção.
Os
acontecimentos entre o eclipse e a Páscoa
O eclipse de
13 de março de 4 a.C. ocorreu 29 dias antes da Páscoa.
Para o período
entre o eclipse e a Páscoa, Josefo menciona um grande número de acontecimentos,
que é impossível encaixar todos em tão curto período de tempo de 29 dias.
Martin defende que, usando o bom senso, e tendo em conta os hábitos sociais e
religiosos judaicos naquele tempo, o eclipse de 13 de março de 4 a.C. não pode
de maneira alguma ser o eclipse correto.
O que
aconteceu nesse intervalo de tempo? Josefo não menciona quantos dias decorreram
entre o eclipse e a Páscoa, mas podemos fazer uma estimativa.
O dia antes
do eclipse lunar, dois rabinos judeus foram queimados vivos por ordem de
Herodes porque derrubaram a águia dourada que ele tinha erigido sobre a porta
oriental do templo; “e naquela mesma noite houve um eclipse da lua” (Antiguidades 17). Isto já afasta o eclipse de
13 de março do ano 5 a.C. que teve lugar ao fim da tarde, às 18.30h.
A manhã
depois do eclipse, diz Josefo, a doença de Herodes piorou. Ele já estava doente
há dois ou três meses, e o povo começava a dizer que o piorar da doença foi
resultado da morte dos rabinos. Depois os seus médicos tentaram um remédio após
outro, mas sem resultado. O piorar da doença e o experimentar de vários
remédios para ver o efeito terá levado alguns dias.
Os remédios
não melhoraram o seu estado de saúde e os médicos recomendaram que Herodes
saísse de Jericó, onde se encontrava na sua residência temporária, e fosse às
termas de Calírroe no Mar Morto a cerca de 25 milhas a sudeste de Jericó. Visto
que Herodes estava muito doente e piorando, terá levado pelo menos um dia para
ser transportado para as termas. Depois fez um tratamento nas águas termais,
que também deve ter levado alguns dias. Mas como o tratamento não fez efeito, Herodes
ordenou que o levassem de volta a Jericó. Estima-se que já teriam passado quase
duas semanas desde o eclipse.
De regresso
ao seu palácio em Jericó, Herodes engendrou um plano monstruoso. Sabendo que já
não tinha muito tempo de vida, e que a maioria dos judeus o odiavam, ordenou
que os principais anciãos dos judeus de todas as regiões do seu reino fossem
reunidos em Jericó. Sem que estes percebessem qual a intenção de Herodes,
seriam todos encerrados no hipódromo e executados pelos soldados no dia da sua
morte. Assim Herodes iria garantir que toda a nação judaica chorasse de luto.
O plano foi
posto em ação. Mensageiros foram enviados de Jericó a toda a parte. Visto que as
cidades no norte do seu reino estavam a pelo menos 130 milhas de distância,
seria necessário um período de 3 dias para os mensageiros chegarem lá, uma dia
ou dois de preparativos e mais 3 ou 4 dias para os anciãos chegarem a Jericó.
Josefo conta que muitos vieram a Jericó e foram fechados no hipódromo.
Diz Josefo
que, depois disto, vieram cartas de Augusto, em Roma, autorizando Herodes a
executar o seu filho Antipater. Este foi executado imediatamente e Herodes
morreu 5 dias depois. Antes
de o exército ficar a saber do seu falecimento, Salomé (irmã de Herodes) libertou
os prisioneiros no hipódromo e mandou-os para casa. Só depois deram a notícia
aos soldados e convocaram uma assembleia pública no anfiteatro de Jericó. Foi
lido o testamento de Herodes, e Arquelau aclamado rei, pelo menos
provisoriamente, até ratificação pelo imperador.
Podemos estimar que já passaram certamente mais de três semanas desde o eclipse.
Depois começaram
os preparativos para o funeral. Arquelau não omitiu nada que pudesse contribuir
para a magnificência da cerimónia, cumprindo os desejos do pai de ter um
funeral tão grandioso que alguma vez foi feito a um rei. A procissão que
acompanhava o ataúde era constituída, não só por um grande número de familiares
e altos dignatários, mas também dos guardas, do contingente trácio, dos
Germanos e Gauleses (contingentes de mercenários ao serviço de Herodes), todos
equipados para a guerra. As restantes tropas marchavam à frente, armadas e em
formatura, lideradas pelos seus comandantes e oficiais subalternos; a seguir,
iam quinhentos servos e libertos de Herodes, transportando especiarias. O
cadáver foi assim conduzido numa distância de duzentos estádios até ao Heródio,
onde foi sepultado (Guerras dos Judeus, Livro 1; Antiguidades17).
Um funeral
real não é um funeral de uma pessoa normal. É um acontecimento que requer uma
grande organização, muito mais no caso de Herodes que queria cerimónias
grandiosas.
Os
preparativos terão levado vários dias até que a procissão pudesse partir de
Jericó. Arquelau mandou vir os ornamentos reais que estavam em Jerusalém. O
corpo teria que ser preparado com especiarias, aromas e bálsamos a fim de
prevenir a putrefação durante a procissão funeral de Jericó a Jerusalém e
depois ao Heródio, daí também 500 servos que transportavam as especiarias.
Todo o
exército ia na procissão. Algumas forças militares teriam que vir de longe onde
estavam estacionadas, mas também familiares e outros líderes políticos e
religiosos levariam provavelmente alguns dias a chegar a Jericó.
A procissão
ia de Jericó até ao Heródio, passando por Jerusalém. É provável que o caixão
era levado aos ombros, e não transportado num carro. Costumes indicam que estes
carregadores iam descalço.
A distância
de Jericó até o Heródio eram 200 estádios segundo Josefo. De Jericó a
Jerusalém, eram aproximadamente 150 estádios romanos, ou 18 milhas (ca. 30 km).
A estrada (romana) não estava totalmente construída até à guerra de 66-70 d.C.
Além disso, é uma estrada montanhosa. Jerusalém encontra-se a cerca de 750 metros
acima do nível do mar, e Jericó cerca de 258 metros abaixo do nível do mar. De
Jericó a Jerusalém é sempre a subir. Depois a procissão seguia para o Heródio,
o lugar da sepultura, a cerca de 8 milhas (12 km) a sul de Jerusalém.
A cadência
da marcha era lenta, solene. Fazendo oito estádios por dia (oito estádios
equivalia a uma milha romana nas estradas imperiais), segundo Josefo, 150 estádios
demorariam 18 dias a percorrer, não contando os sábados em que o cortejo
estaria parado.
Em
Jerusalém, segundo costumes entre dignitários romanos, o corpo terá ficado em
câmara-ardente durante 7 dias, antes de finalmente ser levado até ao Heródio os
restantes 50 estádios. Mais alguns dias.
Visto que
Herodes planeou as suas próprias cerimónias funerárias, e dado que os judeus
tinham um período de luto de 30 dias (Num 20:29; Dt 34:8), Herodes simplesmente
ordenou que a procissão ocupasse grande parte deste período de luto. O funeral
de Herodes parece ter sido mais majestoso e grandioso que o do próprio
Imperador Augusto, cujas solenidades funerárias duraram um pouco mais de três
semanas, e também incluíram o transporte do corpo sobre uma grande distância.
A este tempo
de luto de 30 dias, acrescem ainda 7 dias de luto a cumprir pelos familiares
(Num 19:14). Diz Josefo que só depois de cumprir estes 7 dias, e do banquete
funerário oferecido à população, Arquelau assumiu as suas funções normais como
novo rei da Judeia e deu a sua primeira audiência no templo e tratou de alguns
assuntos. Pouco depois veio a Páscoa.
Tudo isto
mostra que decorreu mais de um mês entre a morte de Herodes e o começo da
Páscoa, sem contar as semanas entre o eclipse e a morte de Herodes.
Portanto, todos estes acontecimentos deixam bem claro que o eclipse de 13
de março de 4 a.C., ocorrido apenas 29 dias antes da Páscoa, não pode de
maneira alguma ser o eclipse mencionado por Josefo.
Como 4 a.C. não é uma data possível para a
morte de Herodes, alguns sugeriram que Herodes morreu em 3 a.C., antes da
Páscoa do ano seguinte, mas isto deixaria cerca de 13 meses entre o eclipse e aquela
Páscoa. O que é também não é aceitável, por várias razões. Primeiro, na Páscoa de
4 a.C. o povo estava ainda de luto pelos rabinos mortos por Herodes na véspera
do eclipse. Isto dificilmente teria sido o caso 13 meses mais tarde. Logo a
seguir à Páscoa, Arquelau foi para Roma, porque o seu título, para ser válido,
tinha que ser ratificado por César. Ele, “com pressa de partir”, diz Josefo,
não esperaria certamente mais de um ano para tratar deste assunto, mas viajaria
para Roma o mais depressa que pudesse. E ainda, quando Arquelau chegou a
Cesareia, de onde viajaria para Roma, encontrou-se com Sabino, o procurador da
Síria, que se dirigia à Judeia para tomar conta dos bens pessoais de Herodes.
Esta questão também não aguardaria mais de um ano para ser resolvido por Roma.
O mesmo vale para o eclipse de março de 5 a.C..
O eclipse de setembro 5 a.C. parece uma
possibilidade, porque deixa 7 meses até à Páscoa de 4 a.C., o que daria tempo
suficiente para todos os eventos. No entanto, valem as mesmas razões que
acabámos de apresentar. É demasiado tempo para Arquelau, que estava com pressa,
aguardar a Páscoa (4 a 5 meses) para ir a Roma receber a confirmação do seu
reinado.
Isto só nos deixa com o eclipse de 10 de janeiro de 1 a.C. que deixa um
período razoável de 12 semanas e meio entre o eclipse e a Páscoa e situa a
morte de Herodes em 1 a.C.
Se for provado que é este o eclipse
mencionado por Josefo, a razão está do lado dos primeiros historiadores e pais
da igreja que colocam o nascimento de Jesus em 2 ou 3 a.C..
Voltaremos a este assunto.
[1] Ad urbe
condita. Calendário romano que inicia com a fundação de Roma.
[2] Sobre este assunto consultei:
Jack Finegan, Handbook
of Biblical Chronology (edição revista 1998)
Ernest L. Martin, The
Star that astonished the World (1996) disponível online em http://www.askelm.com/star/index.asp
Flávio Josefo,
Antiguidades dos Judeus (The
Antiquities of the Jews), disponível em vários sites online
Flávio Josefo,
A guerra dos Judeus, Lisboa: Edições
Sílabo, 2007
Assim sendo Herodes não teria mandando matar as crianças como diz a Bíblia.
ResponderEliminarPorque não? Se os magos chegaram a Jerusalém em finais de dezembro, a ordem para a matança terá sido dada poucos dias depois. Herodes estava doente, mas ainda não morrera. Além disso, este ato enquadra-se bem no estado de espírito de Herodes. Nessa mesma época mandou encarcerar os principais anciãos dos judeus para serem massacrados depois do anúncio da sua morte para que todo o povo chorasse naquele dia. Mandar matar todas as crianças para atingir aquela que lhe queria tirar o título apresenta-se bem possível, embora a única fonte desta história seja a Bíblia.
EliminarNão está comprovado que Jesus nasceu em dezembro não. Essa data foi inventada pela igreja católica.
EliminarEntão a data está certa? N entendi.
ResponderEliminarOlá Anne, bom dia!
ResponderEliminarEntendo que podemos associar a este estudo o estudo de Daniel 9.24-27, que indica com precisão o tempo do nascimento do messias e início de seu ministério. Se achar conveniente e interessante, poderei enviar meu estudo sobre o assunto.
Obrigado
Obrigada. Teria muito gosto em ler o seu estudo. Neste blogue também já publiquei uma série de mensagens sobre a profecia de Daniel 9, mas penso que a questão ainda não está solucionada satisfatoriamente.
EliminarPessoal boa noite .Eu li e não entendi .afinal Herodes e contemporâneo de Jesus ou não ? Pq se ele morreu 4 a. Cristo ,como ele pode ter sido contemporâneo de Jesus e mandando matar as crianças em Jerusalém ?
ResponderEliminarClaro que Herodes é contemporâneo de Jesus (Mateus 2:1). O problema aqui em causa é qual a data da sua morte, porque tem relação com a data de nascimento de Jesus.
EliminarOlá Anne
ResponderEliminarBoa tarde
Parabéns pelo excelente estudo.
Poderia me esclarecer duas dúvidas por gentileza?
1) Qual é o tempo geralmente aceito que a família ou seja José, Maria e Jesus ficaram no Egito?
2) Não entendi porque se diz que Herodes morreu 4 aC. não seria 4 d.C?
Atenciosamente
Luiz
José, Maria e Jesus ficaram no Egipto até à morte de Herodes. Tendo Herodes morrido, um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egipto, dizendo-o para voltarem porque morreram os que atentavam contra a vida do menino (Mt 2:19-20). Já no caminho do regresso, ouviram que Arquelau reinava na Judeia em lugar de seu pai Herodes, e temeram ir para lá. Mas foram. Penso que a estadia no Egipto foi relativamente curto. Talvez não chegasse a um ano. Herodes morreu pouco tempo depois do massacre das crianças e foi sucedido por Arquelau.
EliminarEu sou de opinião que Herodes morreu em 1 a.C. e Jesus em 2 a.C. aproximadamente.
Nesse caso, as crianças morreram antes do nascimento de Jesus; ou depois do nascimento de Jesus
ResponderEliminarIsso não espiritualmente não seguinifica nada. Pois vale mais a palavra de estava lá, no caso Matheus.
ResponderEliminarEu concordo plenamente com você. Herodes morreu 1aC. Isso se encaixa perfeitamente com o relato bíblico da idade de Jesus. A Bíblia diz que Jesus iniciou seu ministério com 30 anos e foram 3 anos de ministério, portanto Jesus morreu com 33 anos de idade. Bom precisamos da data da morte de Jesus. Jesus morreu numa sexta-feira, dia da preparação, na época da páscoa e que também houve um eclipse lunar no dia. Bom o que nos deixaria com duas datas para a crucificação: 7 de abril de 30dC ou 3 de abril de 33dC. Considero a segunda data a correta, e como isso encaixa perfeitamente vou mostrar:
ResponderEliminarHerodes morreu 1aC
Jesus nasceu em 2aC, provavelmente em Junho - Em 1aC Jesus faz 1 ano de vida, em 1dC Jesus faz 2 anos de vida. Portando em 33dC ele iria fazer 34 anos de idade. Porém ele é crucificado em abril, antes de seu aniversário, portanto ele é crucificado com 33 anos de idade. Toda essa combinação me leva a concluir que essas datas são as corretas, tudo se encaixa perfeitamente com o relato Bíblico!
Jesus não morreu numa sexta-feira. Morreu numa quarta-feira às 3:00 da tarde (hora nona). Jesus, como judeu, seguia as festas e calendários judaicos. A profecia disse que assim como Jonas ficou no ventre do peixe três dias e três noites; assim também Jesus ficaria três dias e três noites no seio da terra. Logo:
ResponderEliminarJesus morreu numa Quarta-feira às 15:00 horas aproximadamente (hora nona) Mc 15:34, 37.
Jesus foi sepultado ao anoitecer, iniciando a contagem – Primeira noite (Quarta-feira).
Houve descanso do shabbat da páscoa – Primeiro dia e Segunda noite (Quinta-feira).
As mulheres saem para comprar e preparar os aromas – Segundo dia e terceira noite (Sexta-feira).
Houve o descanso do shabbat semanal – Terceiro dia (Sábado).
Jesus ressuscita.
As mulheres vão ao sepulcro ao iniciar o primeiro dia da semana (Domingo) e encontram o túmulo vazio.
Essa idéia estapafúrdia de sexta-feira foi um erro grotesco da ICAR e que, infelizmente, ainda é lido e ensinado nas igrejas tanto evangélicas quanto católicas.
Perfeito. Esta história de sexta-feira é estapafúrdia. Existe um estudo de boa qualidade sobre o tema o qual deixo aqui para quem se interessar. A PAZ!
ResponderEliminar⬇️⬇️⬇️
https://gracamaior.com.br/estudos/ibsd-x-outras/131-jesus-nao-ressuscitou-no-domingo.html