13/02/2017

O ANO DA MORTE DO REI HERODES

Os evangelhos de Mateus e Lucas não deixam dúvidas quanto ao facto de Jesus ter nascido nos dias do rei Herodes (Mt 2:1). Lucas inicia a narrativa com a anunciação do nascimento de João Batista, nos dias de Herodes, rei da Judeia (Lc 1:5), recebendo Maria, no 6º mês da gravidez de Isabel, a visita do anjo Gabriel (Lc 1:36). A visita dos magos aconteceu quando Herodes reinava (Mt 2:3). Algum tempo depois de Jesus ter nascido, depois da visita dos magos José é avisado para fugir para o Egipto porque Herodes havia de procurar o menino para o matar (Mt 2:13). E ficaram no Egipto até à morte de Herodes (Mt 2:15).
Se é certo que Jesus nasceu no tempo do rei Herodes, existem, no entanto, incertezas quanto ao ano exato do seu nascimento. O conhecimento do ano da morte de Herodes fornecerá uma data limite para o nascimento de Jesus.
Mas aqui há desacordo. Alguns defendem que Herodes morreu em 4 a.C., outros em 1 a.C., colocando a data do nascimento de Jesus entre um e dois anos antes. Isto com base em Mt 2.16 – Herodes mandou matar os meninos de dois anos para baixo –, e assumindo que Herodes teria morrido muito pouco tempo depois do massacre das crianças em Belém.
Já referi que os primeiros historiadores e pais da Igreja apontam todos para datas entre 3 e 1 a.C. para o nascimento de Jesus. Mais recentemente, no século XIX e XX, muitos têm defendido uma data anterior a 4 a.C. (indo mesmo até 12 a.C.). Na base desta hipótese estão informações fornecidas por Flávio Josefo relativamente à duração do reino de Herodes, conjugadas com um eclipse de lua ocorrido pouco antes da sua morte.
O historiador Flávio Josefo é uma fonte importante para o conhecimento da vida de Herodes. No entanto, é preciso ter algum cuidado porque Josefo nem sempre é muito fiável em questões de cronologia quando ele escreve sobre períodos da história não contemporânea dele.
Que diz Josefo?
- que Herodes recebeu o título real de Marcos António e Octaviano, na 184ª Olimpíada, no ano em que os cônsules em Roma eram Calvino e Pollione (Antiguidades 14); isto seria 714 AUC [1] / 40 a.C. (lista de cônsules romanos em Jack Finegan, Handbook of biblical chronology).
- que Herodes tomou Jerusalém e foi então que começou o seu reino de facto, durante o ano consular de Agrippa e Gallo (que será 37 a.C.), na 185ª Olimpíada. O quarto ano deste ciclo olímpico estendia de julho 37 a junho 36 a.C.
- que Herodes morreu depois de um reinado de 34 anos, contando da data em que assumiu o controlo do estado em Jerusalém, depois de ter morto Antígono; e 37 anos depois da data em que foi proclamado rei pelos Romanos. (Guerras 1, Ant. 17)
- que o rei Herodes morreu pouco depois da ocorrência de um eclipse da lua (Ant. 17), e antes da festa da Páscoa e dos Pães Asmos (Guerras 2; Ant 17). Nessa Páscoa, Arquelau (sucessor de Herodes na Judeia) já está a governar (porém ainda não tivesse ido a Roma para receber a confirmação do seu reino). É a única vez que Josefo alude a um eclipse nos seus escritos.
O tratado judaico Rosh Hashana diz que o dia 1 de Nisan é Ano Novo para reis. Isto significaria que, se Herodes conquistou Jerusalém no ano 37, o seu reino de 34 anos (segundo Josefo) começaria oficialmente em 1 de Nisan de 36 a.C. E a sua morte se situaria cerca de 3/2 a.C., pouco antes de completar o 34º ano em 1 de de Nisan 2 a.C. (senão contavam 35 anos).
Mas é por causa da referência de Josefo a um eclipse que a maioria dos teólogos colocam a data da morte de Herodes em 4 a.C. e o nascimento de Jesus antes dessa data. Já vamos ver porquê [2].
Segundo Ernest Martin, eclipses são indicadores astronómicos poderosos para precisar quando certos eventos ocorreram na história, e que os teólogos que adoptam o princípio astronómico para resolver questões cronológicas estão absolutamente corretos. Eclipses são testemunhas sólidas para apoiar a veracidade de registos históricos. Mas, avisa Martin, se for considerado o eclipse correto. Registos de eclipses são importantes, mas devem ser corretamente interpretados. Num período de dez anos, é possível observar vários eclipses lunares em quase toda a parte do mundo. Podem ocorrer dois ou três num mesmo ano. Esta frequência pode ser um problema quando se trata de identificar os eclipses mencionados pelos antigos historiadores quando eles não deram pormenores sobre o dia da semana, a data do calendário ou se foi um eclipse total ou parcial.
E este é o problema no caso do eclipse mencionado por Josefo, que deu apenas a indicação que uma festa de Páscoa foi celebrada não muito depois do eclipse. Mas não diz quanto tempo depois.
Entre 7 e 1 a.C. quatro eclipses lunares podiam ser observados na Judeia. É a um destes que Josefo se referiu.
7 a.C.
Nenhum eclipse
6 a.C.
Nenhum eclipse
5 a.C.
13 de março. Eclipse total. Central às 18:30 h (tempo decorrido entre o eclipse e a Páscoa: 29 dias).
5 a.C.
15 de setembro. Eclipse total. Central às 22:30 h (tempo decorrido entre o eclipse e a Páscoa: 7 meses).
4 a.C.
13 de março. Eclipse parcial. Central às 2:20 h (tempo decorrido entre o eclipse e a Páscoa:29 dias)
3 a.C.
Nenhum eclipse
2 a.C.
Nenhum eclipse
1 a.C.
10 de janeiro. Eclipse total. Central a 1:00 h (tempo decorrido entre o eclipse e a Páscoa: 12 semanas e meia).
Com base nas indicações de Josefo, e assumindo que Herodes iniciou o seu reino em Jerusalém em 37 a.C., a sua morte se situaria em 3 ou 2 a.C. Mas não houve qualquer eclipse em 2, nem em 3 a.C.
Por isso o eclipse ocorrido em 13 de março do ano 4 a.C., um mês antes da Páscoa, foi aceite pela maioria dos teólogos como o eclipse mencionado por Josefo e apesar dos problemas associados a esta opção.

Os acontecimentos entre o eclipse e a Páscoa
O eclipse de 13 de março de 4 a.C. ocorreu 29 dias antes da Páscoa.
Para o período entre o eclipse e a Páscoa, Josefo menciona um grande número de acontecimentos, que é impossível encaixar todos em tão curto período de tempo de 29 dias. Martin defende que, usando o bom senso, e tendo em conta os hábitos sociais e religiosos judaicos naquele tempo, o eclipse de 13 de março de 4 a.C. não pode de maneira alguma ser o eclipse correto.
O que aconteceu nesse intervalo de tempo? Josefo não menciona quantos dias decorreram entre o eclipse e a Páscoa, mas podemos fazer uma estimativa.
O dia antes do eclipse lunar, dois rabinos judeus foram queimados vivos por ordem de Herodes porque derrubaram a águia dourada que ele tinha erigido sobre a porta oriental do templo; “e naquela mesma noite houve um eclipse da lua” (Antiguidades 17). Isto já afasta o eclipse de 13 de março do ano 5 a.C. que teve lugar ao fim da tarde, às 18.30h.
A manhã depois do eclipse, diz Josefo, a doença de Herodes piorou. Ele já estava doente há dois ou três meses, e o povo começava a dizer que o piorar da doença foi resultado da morte dos rabinos. Depois os seus médicos tentaram um remédio após outro, mas sem resultado. O piorar da doença e o experimentar de vários remédios para ver o efeito terá levado alguns dias.
Os remédios não melhoraram o seu estado de saúde e os médicos recomendaram que Herodes saísse de Jericó, onde se encontrava na sua residência temporária, e fosse às termas de Calírroe no Mar Morto a cerca de 25 milhas a sudeste de Jericó. Visto que Herodes estava muito doente e piorando, terá levado pelo menos um dia para ser transportado para as termas. Depois fez um tratamento nas águas termais, que também deve ter levado alguns dias. Mas como o tratamento não fez efeito, Herodes ordenou que o levassem de volta a Jericó. Estima-se que já teriam passado quase duas semanas desde o eclipse.
De regresso ao seu palácio em Jericó, Herodes engendrou um plano monstruoso. Sabendo que já não tinha muito tempo de vida, e que a maioria dos judeus o odiavam, ordenou que os principais anciãos dos judeus de todas as regiões do seu reino fossem reunidos em Jericó. Sem que estes percebessem qual a intenção de Herodes, seriam todos encerrados no hipódromo e executados pelos soldados no dia da sua morte. Assim Herodes iria garantir que toda a nação judaica chorasse de luto.
O plano foi posto em ação. Mensageiros foram enviados de Jericó a toda a parte. Visto que as cidades no norte do seu reino estavam a pelo menos 130 milhas de distância, seria necessário um período de 3 dias para os mensageiros chegarem lá, uma dia ou dois de preparativos e mais 3 ou 4 dias para os anciãos chegarem a Jericó. Josefo conta que muitos vieram a Jericó e foram fechados no hipódromo.
Diz Josefo que, depois disto, vieram cartas de Augusto, em Roma, autorizando Herodes a executar o seu filho Antipater. Este foi executado imediatamente e Herodes morreu 5 dias depois. Antes de o exército ficar a saber do seu falecimento, Salomé (irmã de Herodes) libertou os prisioneiros no hipódromo e mandou-os para casa. Só depois deram a notícia aos soldados e convocaram uma assembleia pública no anfiteatro de Jericó. Foi lido o testamento de Herodes, e Arquelau aclamado rei, pelo menos provisoriamente, até ratificação pelo imperador.
Podemos estimar que já passaram certamente mais de três semanas desde o eclipse.
Depois começaram os preparativos para o funeral. Arquelau não omitiu nada que pudesse contribuir para a magnificência da cerimónia, cumprindo os desejos do pai de ter um funeral tão grandioso que alguma vez foi feito a um rei. A procissão que acompanhava o ataúde era constituída, não só por um grande número de familiares e altos dignatários, mas também dos guardas, do contingente trácio, dos Germanos e Gauleses (contingentes de mercenários ao serviço de Herodes), todos equipados para a guerra. As restantes tropas marchavam à frente, armadas e em formatura, lideradas pelos seus comandantes e oficiais subalternos; a seguir, iam quinhentos servos e libertos de Herodes, transportando especiarias. O cadáver foi assim conduzido numa distância de duzentos estádios até ao Heródio, onde foi sepultado (Guerras dos Judeus, Livro 1; Antiguidades17).
Um funeral real não é um funeral de uma pessoa normal. É um acontecimento que requer uma grande organização, muito mais no caso de Herodes que queria cerimónias grandiosas.
Os preparativos terão levado vários dias até que a procissão pudesse partir de Jericó. Arquelau mandou vir os ornamentos reais que estavam em Jerusalém. O corpo teria que ser preparado com especiarias, aromas e bálsamos a fim de prevenir a putrefação durante a procissão funeral de Jericó a Jerusalém e depois ao Heródio, daí também 500 servos que transportavam as especiarias.
Todo o exército ia na procissão. Algumas forças militares teriam que vir de longe onde estavam estacionadas, mas também familiares e outros líderes políticos e religiosos levariam provavelmente alguns dias a chegar a Jericó.
A procissão ia de Jericó até ao Heródio, passando por Jerusalém. É provável que o caixão era levado aos ombros, e não transportado num carro. Costumes indicam que estes carregadores iam descalço.
A distância de Jericó até o Heródio eram 200 estádios segundo Josefo. De Jericó a Jerusalém, eram aproximadamente 150 estádios romanos, ou 18 milhas (ca. 30 km). A estrada (romana) não estava totalmente construída até à guerra de 66-70 d.C. Além disso, é uma estrada montanhosa. Jerusalém encontra-se a cerca de 750 metros acima do nível do mar, e Jericó cerca de 258 metros abaixo do nível do mar. De Jericó a Jerusalém é sempre a subir. Depois a procissão seguia para o Heródio, o lugar da sepultura, a cerca de 8 milhas (12 km) a sul de Jerusalém.
A cadência da marcha era lenta, solene. Fazendo oito estádios por dia (oito estádios equivalia a uma milha romana nas estradas imperiais), segundo Josefo, 150 estádios demorariam 18 dias a percorrer, não contando os sábados em que o cortejo estaria parado.
Em Jerusalém, segundo costumes entre dignitários romanos, o corpo terá ficado em câmara-ardente durante 7 dias, antes de finalmente ser levado até ao Heródio os restantes 50 estádios. Mais alguns dias.
Visto que Herodes planeou as suas próprias cerimónias funerárias, e dado que os judeus tinham um período de luto de 30 dias (Num 20:29; Dt 34:8), Herodes simplesmente ordenou que a procissão ocupasse grande parte deste período de luto. O funeral de Herodes parece ter sido mais majestoso e grandioso que o do próprio Imperador Augusto, cujas solenidades funerárias duraram um pouco mais de três semanas, e também incluíram o transporte do corpo sobre uma grande distância.
A este tempo de luto de 30 dias, acrescem ainda 7 dias de luto a cumprir pelos familiares (Num 19:14). Diz Josefo que só depois de cumprir estes 7 dias, e do banquete funerário oferecido à população, Arquelau assumiu as suas funções normais como novo rei da Judeia e deu a sua primeira audiência no templo e tratou de alguns assuntos. Pouco depois veio a Páscoa.
Tudo isto mostra que decorreu mais de um mês entre a morte de Herodes e o começo da Páscoa, sem contar as semanas entre o eclipse e a morte de Herodes.
Portanto, todos estes acontecimentos deixam bem claro que o eclipse de 13 de março de 4 a.C., ocorrido apenas 29 dias antes da Páscoa, não pode de maneira alguma ser o eclipse mencionado por Josefo.
Como 4 a.C. não é uma data possível para a morte de Herodes, alguns sugeriram que Herodes morreu em 3 a.C., antes da Páscoa do ano seguinte, mas isto deixaria cerca de 13 meses entre o eclipse e aquela Páscoa. O que é também não é aceitável, por várias razões. Primeiro, na Páscoa de 4 a.C. o povo estava ainda de luto pelos rabinos mortos por Herodes na véspera do eclipse. Isto dificilmente teria sido o caso 13 meses mais tarde. Logo a seguir à Páscoa, Arquelau foi para Roma, porque o seu título, para ser válido, tinha que ser ratificado por César. Ele, “com pressa de partir”, diz Josefo, não esperaria certamente mais de um ano para tratar deste assunto, mas viajaria para Roma o mais depressa que pudesse. E ainda, quando Arquelau chegou a Cesareia, de onde viajaria para Roma, encontrou-se com Sabino, o procurador da Síria, que se dirigia à Judeia para tomar conta dos bens pessoais de Herodes. Esta questão também não aguardaria mais de um ano para ser resolvido por Roma.
O mesmo vale para o eclipse de março de 5 a.C..
O eclipse de setembro 5 a.C. parece uma possibilidade, porque deixa 7 meses até à Páscoa de 4 a.C., o que daria tempo suficiente para todos os eventos. No entanto, valem as mesmas razões que acabámos de apresentar. É demasiado tempo para Arquelau, que estava com pressa, aguardar a Páscoa (4 a 5 meses) para ir a Roma receber a confirmação do seu reinado.
Isto só nos deixa com o eclipse de 10 de janeiro de 1 a.C. que deixa um período razoável de 12 semanas e meio entre o eclipse e a Páscoa e situa a morte de Herodes em 1 a.C.
Se for provado que é este o eclipse mencionado por Josefo, a razão está do lado dos primeiros historiadores e pais da igreja que colocam o nascimento de Jesus em 2 ou 3 a.C..
Voltaremos a este assunto.



[1] Ad urbe condita. Calendário romano que inicia com a fundação de Roma.
[2] Sobre este assunto consultei:
Jack Finegan, Handbook of Biblical Chronology (edição revista 1998)
Ernest L. Martin, The Star that astonished the World (1996) disponível online em http://www.askelm.com/star/index.asp
Flávio Josefo, Antiguidades dos Judeus (The Antiquities of the Jews), disponível em vários sites online
Flávio Josefo, A guerra dos Judeus, Lisboa: Edições Sílabo, 2007

15 comentários:

  1. Assim sendo Herodes não teria mandando matar as crianças como diz a Bíblia.

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    1. Porque não? Se os magos chegaram a Jerusalém em finais de dezembro, a ordem para a matança terá sido dada poucos dias depois. Herodes estava doente, mas ainda não morrera. Além disso, este ato enquadra-se bem no estado de espírito de Herodes. Nessa mesma época mandou encarcerar os principais anciãos dos judeus para serem massacrados depois do anúncio da sua morte para que todo o povo chorasse naquele dia. Mandar matar todas as crianças para atingir aquela que lhe queria tirar o título apresenta-se bem possível, embora a única fonte desta história seja a Bíblia.

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    2. Não está comprovado que Jesus nasceu em dezembro não. Essa data foi inventada pela igreja católica.

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  2. Então a data está certa? N entendi.

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  3. Olá Anne, bom dia!
    Entendo que podemos associar a este estudo o estudo de Daniel 9.24-27, que indica com precisão o tempo do nascimento do messias e início de seu ministério. Se achar conveniente e interessante, poderei enviar meu estudo sobre o assunto.
    Obrigado

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    1. Obrigada. Teria muito gosto em ler o seu estudo. Neste blogue também já publiquei uma série de mensagens sobre a profecia de Daniel 9, mas penso que a questão ainda não está solucionada satisfatoriamente.

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  4. Pessoal boa noite .Eu li e não entendi .afinal Herodes e contemporâneo de Jesus ou não ? Pq se ele morreu 4 a. Cristo ,como ele pode ter sido contemporâneo de Jesus e mandando matar as crianças em Jerusalém ?

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    1. Claro que Herodes é contemporâneo de Jesus (Mateus 2:1). O problema aqui em causa é qual a data da sua morte, porque tem relação com a data de nascimento de Jesus.

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  5. Olá Anne

    Boa tarde

    Parabéns pelo excelente estudo.

    Poderia me esclarecer duas dúvidas por gentileza?

    1) Qual é o tempo geralmente aceito que a família ou seja José, Maria e Jesus ficaram no Egito?

    2) Não entendi porque se diz que Herodes morreu 4 aC. não seria 4 d.C?

    Atenciosamente

    Luiz

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    1. José, Maria e Jesus ficaram no Egipto até à morte de Herodes. Tendo Herodes morrido, um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egipto, dizendo-o para voltarem porque morreram os que atentavam contra a vida do menino (Mt 2:19-20). Já no caminho do regresso, ouviram que Arquelau reinava na Judeia em lugar de seu pai Herodes, e temeram ir para lá. Mas foram. Penso que a estadia no Egipto foi relativamente curto. Talvez não chegasse a um ano. Herodes morreu pouco tempo depois do massacre das crianças e foi sucedido por Arquelau.
      Eu sou de opinião que Herodes morreu em 1 a.C. e Jesus em 2 a.C. aproximadamente.

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  6. Nesse caso, as crianças morreram antes do nascimento de Jesus; ou depois do nascimento de Jesus

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  7. Isso não espiritualmente não seguinifica nada. Pois vale mais a palavra de estava lá, no caso Matheus.

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  8. Eu concordo plenamente com você. Herodes morreu 1aC. Isso se encaixa perfeitamente com o relato bíblico da idade de Jesus. A Bíblia diz que Jesus iniciou seu ministério com 30 anos e foram 3 anos de ministério, portanto Jesus morreu com 33 anos de idade. Bom precisamos da data da morte de Jesus. Jesus morreu numa sexta-feira, dia da preparação, na época da páscoa e que também houve um eclipse lunar no dia. Bom o que nos deixaria com duas datas para a crucificação: 7 de abril de 30dC ou 3 de abril de 33dC. Considero a segunda data a correta, e como isso encaixa perfeitamente vou mostrar:
    Herodes morreu 1aC
    Jesus nasceu em 2aC, provavelmente em Junho - Em 1aC Jesus faz 1 ano de vida, em 1dC Jesus faz 2 anos de vida. Portando em 33dC ele iria fazer 34 anos de idade. Porém ele é crucificado em abril, antes de seu aniversário, portanto ele é crucificado com 33 anos de idade. Toda essa combinação me leva a concluir que essas datas são as corretas, tudo se encaixa perfeitamente com o relato Bíblico!

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  9. Jesus não morreu numa sexta-feira. Morreu numa quarta-feira às 3:00 da tarde (hora nona). Jesus, como judeu, seguia as festas e calendários judaicos. A profecia disse que assim como Jonas ficou no ventre do peixe três dias e três noites; assim também Jesus ficaria três dias e três noites no seio da terra. Logo:

    Jesus morreu numa Quarta-feira às 15:00 horas aproximadamente (hora nona) Mc 15:34, 37.
    Jesus foi sepultado ao anoitecer, iniciando a contagem – Primeira noite (Quarta-feira).
    Houve descanso do shabbat da páscoa – Primeiro dia e Segunda noite (Quinta-feira).
    As mulheres saem para comprar e preparar os aromas – Segundo dia e terceira noite (Sexta-feira).
    Houve o descanso do shabbat semanal – Terceiro dia (Sábado).
    Jesus ressuscita.
    As mulheres vão ao sepulcro ao iniciar o primeiro dia da semana (Domingo) e encontram o túmulo vazio.

    Essa idéia estapafúrdia de sexta-feira foi um erro grotesco da ICAR e que, infelizmente, ainda é lido e ensinado nas igrejas tanto evangélicas quanto católicas.

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  10. Perfeito. Esta história de sexta-feira é estapafúrdia. Existe um estudo de boa qualidade sobre o tema o qual deixo aqui para quem se interessar. A PAZ!
    ⬇️⬇️⬇️
    https://gracamaior.com.br/estudos/ibsd-x-outras/131-jesus-nao-ressuscitou-no-domingo.html

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